Ouvir Kanye West é ser provocado, levado adiante mesmo não querendo!
Quando saiu College Dropout o mundo se apegava ao Gangsta Rap de 50 cent e Ja Rule,isso sem falar da psicopatia do Eminem,Kanye entregou beats leves,samples de soulmusic antiga e um texto que fugia a guerra das ruas.
Com uma seqüência de Late Registration e Graduation o mundo se ajoelhava a West como se ele fosse um messias, cegos seguimos querendo outras Good Life e GoldDigger,mas Kanye tinha outros planos.
Só que o rapper tinha outros planos e lançou o fatiditico 808 & Heartbreak um disco que pode ser classificado como estranho um corpo que não deveria estar lá.
Do uso do Auto tunes até as letras fraquíssimas, ele não funciona e ainda provoca um desconforto enorme no ouvinte e por isso pode ser considerado essencial!
Kanye quis provocar, mostrar que os rappers podem se desafiar, procurar novas alternativas e principalmente, que o pop pode pensar por si mesmo!
A partir daí caímos em My Beautiful dark twisted fantasy , a resposta ao pop atual!
West lapidou cada movimento desse disco, colocou na arte da capa uma mulher sentada sobre um homem negro nu com uma bebida ao lado,como se dissesse,o sexo só é aberto a exposição quando vem de garotas brancas,tipo a Lady Gaga?
O disco ele não funciona na primeira audição,tem que ser degustado aos poucos,como um bom vinho.
Com dezenas de participações, MBDTF é cru em sua essência, mostrando que o pop não precisa de pompa e sim de qualidade e desse jeito Kanye consegue algo excelente e se equivale a Eminem como um dos principais lançamentos do rap nos últimos anos.
Post escrito pelo nosso colaborador Rodrigo Moia
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