Quando o novo supera o original.
Hollywood tem um hábito horrível de fazer remakes de filmes estrangeiros, só que usando a cara do cinema americano e acaba se perdendo muitas vezes em péssimas atuações e tramas ridículas, vide os clássicos de terror japoneses que se tornaram babaquices adolescentes sem sentido.
O excelente Deixe ela entrar ( Let the right one in- Låt den rätte komma in-2008), assombrou a Europa, com uma qualidade acima da média e trouxe o cinema sueco de volta aos holofotes.
Frio e ao mesmo tempo cheio de romantismo o filme versava sobre as agruras de um garoto que sofria de bulliyng na escola e com a indiferença de sua mãe,isso tudo se altera quando ele conhece Eli sua nova vizinha.
Quando lemos que a vizinha é uma vampira, já pensamos em Crepúsculo e asseclas, mas é aí que o diretor ( Tomas Alfredson ) se sobressai, ele dá um tom real a história fazendo com que sejamos transportados ao primeiro amor de Oskar( Kåre Hedebrant ) e vendo o quão puro e verdadeiro esse sentimento pode ser aos olhos de um menino.
A leveza com que movimento de câmera, atuação e tudo mais são expostos na tela dão um medo imenso do que Hollywood e o diretor Matt Reeves fariam na versão americana do filme.
A insegurança do espectador ao começar a ver Deixe me entrar (Let me in) se dissipa em minutos, já na primeira meia hora quando vemos que Matt se manteve fiel ao original,dando tons frios ao filme!
A atuação de Chloe Moretz é algo a se acentuar nessa nova versão, que grande promessa temos em nossa frente, depois do excelente Kick ass, ela dá vida a pequena vampira de maneira impar, com olhares distantes e expressões magníficas que fazem com que qualquer um se sinta tocado pelo trabalho da notável.
Por isso, vá sem medo assistir Deixe me entrar, pois terá um bom cinema a sua frente!
O artigo acima foi escrito pelo nosso colaborador Rodrigo Moia
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