John Mayer, talentoso guitarrista, músico de habilidade ímpar, pois executa o blues pop e pop blues com uma facilidade que pode fazer Eric Clapton sentir orgulho. Depois de anos em festas usando qualquer desculpa para simplesmente farrear como se não houvesse o “Day after”, Mayer caiu em si, ou melhor, veio à ressaca. Perdeu a namorada famosa e linda (Jennifer Aniston), foi acusado de beijar outro homem na boca e nessa bobeada o jovem promissor músico acabou virando um rei de tablóides e afins.
Mas aí veio a capa da Rolling Stones Americana, colocando John como um dos novos deuses da guitarra, ao lado de John Frusciante e Derek Trucks, a partir daí o mesmo percebeu que estava tomando o rumo errado e que era hora de recomeçar.
E a partir desse contexto podemos colocar Battle Studies como um dos melhores discos de recomeço dessa década.
Mayer consegue falar sobre as agruras que passou nos últimos anos causados pelas festas em excesso (Friends lovers and nothing e War of my life), como também sobre a falta de vontade de se importar com o que os outros pensam vide Who says faixa que lembra muito o começo da carreira do cantor.
A capacidade de John Mayer em criar boas canções pop, sem soar piegas ou cansativo é evidente em vários momentos (All we ever do is say goodbye e Perfectly lonely), mas talvez o grande momento do disco seja Heartbreak Warfare, música que remete e muito a um U2 fase The Unforgettable fire. Para Mayer o remédio para criar boa música é mais ressaca no dia seguinte.
O artigo acima foi escrito pelo nosso colaborador Rodrigo Moia
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