A imagem do publicitário evoca certos pensamentos na mente de muitas pessoas, todos pensam em uma pessoa criativa, cheia de contatos com o mundo das revistas, cercado de grandes atores e que ganha muito dinheiro. Pois bem, nós sabemos que a realidade não é bem essa, isso é uma ilusão que algumas pessoas cultivaram ao longo dos anos.
Por isso, ao assistir Mad Men, e nos depararmos com profissionais idealizados assim, somos levados a outra era, para um tempo em que ser publicitário era um glamour, onde realmente as pessoas ganhavam muito bem e tinham um grande destaque na sociedade.
Antes de começar a falar sobre a série quero que vocês admirem suaa abertura, que remete aos filmes de Hitchcock.
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O ano é 1960 e a agência é Sterling Cooper, formada por Roger Sterling (John Slattery), um personagem bom vivant que herdou a agência do pai, sendo às vezes totalmente irresponsável (e com comentários e postura bem diferentes da que esperamos de um patrão atual). Já o seu sócio, Bertram Cooper, (Robert Morse) é um velho excêntrico e cheio de manias, com idéias mais tradicionais de como se deve administrar uma agência.
Porém, o personagem principal da série não é a agência ou seus proprietários, e sim o diretor de criação Don Draper (John Hamm), que cresceu no mundo da propaganda; através de seus olhos acompanhamos o mundo da publicidade na década de 60, conhecemos mais sobre o seu passado e sua vida libertina, que envolve várias amantes, e o uso contínuo de bebida e cigarro.
Em contraponto à vida na agência de Draper, somos apresentados a sua esposa Beth (January Jones), uma mulher mimada que casou-se cedo sendo tratada muitas vezes com indiferença pelo marido. Conhecemos também seus filhos, a jovem Sally (Kiernan Shipka) e o pequeno Robert (Jared Gilmore).
Além desses personagens, podemos destacar ainda as secretárias Peggy (Elisabeth Moss), que serve em muitos momentos para explicar como funciona uma agência, e a estonteante Joan (Christina Hendricks), a chefe das secretárias e quem tem a imagem da femelle fatale. Entre os atendimentos temos Pete Campbell (Vincent Kartheiser), um jovem arrogante que sente ciúmes do talento de Don e busca de todas as formas chamar a atenção dos sócios para ele, e ainda temos um diretor de arte da agência, Salvatore Romano (Bryan Batt), homossexual enrustido que tenta de todas as formas esconder suas frustrações e desejos, Harry Crane (Rich Sommer), o comprador de mídia, com um jeito atrapalhado que serve como alivio cômico da série. Temos ainda o atendimento Kenneth Kosgrove (Aaron Staton) e o redator Paul Kinsey (Michael Gladis).
O criador da série é Matthew Weiner, o mesmo de Sopranos, que capricha nos detalhes de época. Todo o elenco e os objetos de cena são precisos dos anos de 1960. A primeira temporada se concentra de Março 1960 a Novembro de 1960.
Nessa primeira temporada acompanhamos a evolução de Peggy, que de simples secretária vai alcançando mais destaque na agência, a ambição de Pete que tenta a todo custo destruir Drapper, mas vê todas suas jogadas sendo eliminadas e a trajetória de Beth, a esposa de Don, que a cada episódio se mostra uma pessoa mais instável. Porém, o grande foco da série é o passado de Don Drapper, ou seria Richard Whitman?
Abaixo a lista de episódios da primeira temporada:
1×01 – Smoke Gets in Your Eyes
1×02 – Ladies Room
1×03 – Marriage of Figaro
1×04 – New Amsterdam
1×05 – Five G
1×06 – Babylon
1×07 – Red in the Face
1×08 – The Hobo Code
1×09 – Shoot
1×10 – Long Weekend
1×11 – Indian Summer
1×12 – Nixon vs. Kennedy
1×13 – The Wheel
Me despeço com a cena mais linda da primeira temporada, o discurso emocionado que Don faz para para a Kodak.
Tradução:
Nostalgia.
É delicado, mas poderoso ...
Teddy disse-me que, em grego, significa literalmente nostalgia a dor de uma ferida antiga.
É uma pontada no coração, muito mais poderoso do que a memória sozinho.
Esta não é uma nave espacial ... dispositivo, é uma máquina do tempo.
Vai para trás, para frente.
Ela nos leva para um lugar onde a dor para ir de novo.
Não é chamado a roda.
É o chamado carrossel.
Ela nos permite percorrer o caminho que uma criança viaja.
Voltas e voltas e volta para casa, para um lugar onde sabemos que somos amados.
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