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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

COXINHA DE FRANGO DO MYR - O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus

Posted by Pasteleiro On 09:00 2 comentários

O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus (The Imaginarium of Doctor Parnassus)





Há um certo tempo o mundo parou para idolatrar Heath Ledger, reconhecendo o talento do cara só após ele interpretar um homosexual que dá uma fugidinha numa montanha aí... fazendo ele surgir no cenário de Hollywood, como “o ator que merece trabalhos ousados”. Confiando nisso, apareceu então a oportunidade dele se tornar o Joker (coringa) e desbancar Jack Nicholson (que muito além de representar o papel na época, fez com que se tornasse símbolo da identidade do personagem).

Recapitulando, foi isso que aconteceu, a imagem do cara ia se tornando associada a personagens fortes e que exigissem uma interpretação muito peculiar que Heath estava encarando nos últimos tempos, mesmo colocando em jogo o posto de “galã”... Por que eu falei tanto de Heath Ledger, se o post é sobre apenas um filme?

Porque muitas pessoas conhecem esse filme apenas por ter sido o último filme da carreira de Ledger, ele morreu durante as gravações, com toda aquela situação que envolvia intoxicação e tal... ou seja, o cara pirou. (forçando a perder o controle e bater-as-botas sem ver os resultados, como um Globo de Ouro e um Oscar por ator-coadjuvante EM DARK KNIGTH)

MAS VAMOS FALAR DE COISA BOA!

Ledger faz um papel no filme, de um forasteiro/trambiqueiro suicida (piada pronta) que surge na vida da garota, filha de Dr. Parnassus. Tá, mas a beleza do filme não está num romancezinho proibido. A história faz muita alusão ao poema de Fausto, quanto ao fato de Parnassus fazer vários jogos, criar pactos com o Diabo, apenas por ser ambicioso demais. (no fundo ele só queria contar suas histórias... porque o mundo é feito de histórias, e se elas param de ser contadas, talvez o mundo pare)





O velho então após esse pacto, se torna imortal e sai pelo mundo contando histórias e manipulando a mente das pessoas, através de sua própria mente. Quando passar pelo espelho de seu teatro ambulante e chegar ao Mundo Imaginário do Dr. Parnassus, a pessoa se encontra com aquilo que mais lhe agrada. Mas também se depara com a sedução do “pecado”, fazendo com que quem está ali dentro tenha que decidir entre o que oferece sua própria mente (estimulada por Parnassus) e o que lhe reserva as manipulações do Diabo.

Muito além do que a simples briga entre o bem e o mal, sobre o certo e o errado.

MOTIVOS PARA VOCÊ CORRER VER ESSE FILME AGORA!

Arte, cores e ousadia, tudo em efeitos visuais que passam longe de se tornarem apenas “coisa de criança-grande”.

A identidade dos personagens, caracterização e maquiagem.

O resgate de cenários feitos à mão por atores que saem pelas ruas em teatros ambulantes, vendendo histórias ricas e cheias de detalhes coloridos, a troco de centavos para comprar comida.

A direção de Terry Gilliam que tem o dom da loucura após anos de Monty Python e consegue selar perfeitamente um roteiro danificado pela perda do ator “essencial em cena”, acrescentando três outros caras para encarar o desafio do personagem.

Falando nisso... mulheres, filme com Heath Ledger, Jude Law, Johnny Depp e Colin Farrell aparecendo em cena... #ficadica

Homens, não se sintam mal... Lily Cole, mesmo tão jovem, consegue uns bons suspiros com aquela correntinha no tornozelo.

O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus é um filme que você precisa ver para fazer questão de ter coisa boa para comentar com os amigos. E se você é colecionador de bons filmes, Parnassus precisa estar na sua estante.

O artigo acima foi escrito pelo nosso colaborador Eduardo Myr

2 comentários:

Faltou falar do magnânimo Tom Waits na pele do coisa-ruim.

Então, eu não citei nada sobre o Waits pois achei que ele foi muito cuzão se limitando em fazer apenas o Diabo e recusar a participar como demais vozes e aparições em cena. Mas mesmo assim, o cara é fóda sim, tanto ele quanto o Plummer também.