Num belo domingo ligo a TV pela manhã, vejo um pastor num programa evangélico pregando contra tudo e contra todos, inclusive contra aqueles que gostam de heavy metal ou como ele definiu, “os irmãos perdidos que se vestem de preto”.
Sou fã de Heavy Metal e não nego que gosto até do estilo mais extremo, mas a caçada que existe a aqueles que se vestem de preto é um tanto quanto imbecil e preconceituosa.
O Brasil prega ser um país livre de preconceitos e sem limites para o gosto alheio, mas apareça com uma camisa do Dimmu Borgir em algum lugar para ser julgado, ou pior, use a “vestimenta” típica de um headbanger e “Serás tratado com desdém”, deve estar na bíblia isso.
Tenho um grande amigo, evangélico, freqüentador assíduo de sua igreja que em suas horas vagas ouve Slayer, Megadeth e tem uma paixão incrustada na pele por Death que não assumi perante os “irmãos”, pois tem medo da reação deles... É sério? Sim!
Mas da mesma maneira que os bangers recebem o preconceito, eles muitas vezes rebatem na mesma moeda.
Vá numa roda de Headbangers e assuma que você vai cedo a missa para saber o que ouvirá. Dave Mustaine que nos anos 80 era um Deus, o cara que mandou clássicos como Peace Sells, So far so good... So What? E o belíssimo Rust in Peace se converteu ao cristianismo e advinha o que aconteceu? Muitos, mas muitos Bangers viraram as costas para o sujeito o chamando de traidor, sim TRAIDOR!
Por isso qualquer forma de preconceito é besta, não há problema nenhum em ter no seu setlist o Stryper (Cristão), Behemoth (Demoníaco) e Tool (Agnóstico), contanto que tenha qualidade, toda forma de headbanguear é uma boa forma de se viver!
Para conhecer melhor os dois lados do céu e inferno ouça:
• Megadeth - Rust in Peace
• Behemoth - Evangelion
• Stryper - To Hell with the Devil
• Tool - Aenima
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