Com um pouco de atraso (afinal, vi esse filme faz tempo, mas tive a oportunidade de vê-lo novamente no canal Telecine) e com a candidatura dele ao Oscar, resolvi que ele merecia um comentário aqui no blog.
O filme em si é bem diferente do original: enquanto o primeiro era menos cerebral e com uma apologia maior à violência, dando destaque ao BOPE e suas operações e estrutura, o segundo filme é praticamente uma crítica ao governo ( em especial ao Rio de Janeiro).
Enquanto o primeiro praticamente endeusava o BOPE, o segundo filme coloca as coisas em um nível mais humano - inclusive fazendo o personagem principal errar (nesse caso o famoso Capitão Nascimento), interpretado pelo sempre competente Wagner Moura.
A trama apresenta o Coronel Nascimento, que agora foi promovido, cometendo um erro numa operação, gerando um incidente político que acaba por afastá-lo do BOPE e o colocando no comando da Secretaria de Segurança Pública do Estado. A partir daí, a trama segue um caminho tortuoso que mostra a corrupção da polícia e do sistema.
O grande diferencial do filme são os personagens. Temos uma participação relâmpago do Seu Jorge no filme, que apesar de pequena faz todo o diferencial da trama. Porém, para mim os grandes destaques do filme (além do já citado Wagner Moura) fica por conta de Irandhir Santos, que interpreta o defensor dos direitos humanos Diogo Fraga, e André Mattos que interpreta o apresentador e deputado Fortunato.
Não creio que o filme vá ganhar o Oscar e duvido mesmo que chegue a ser selecionado entre os representantes estrangeiros. O que joga contra é o fato de ser uma continuação, e ainda tem uma linguagem que é mais comum aqui no Brasil que no exterior.
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