Doce, mas aquela doçura que não faz mal é isso que temos em Mylo Xyloto novo disco do Coldplay.
Abrir um álbum com uma intro leve quase viajante que desemboca num pop-rock típico dos momentos mais suaves do The Cure é algo que não se espera de Chris Martin e Cia e assim adentramos o trabalho com a ótima Hurts Like Heaven.
Para um conforto maior vem Paradise uma faixa grandiosa que é feita para se ouvir em estádios num pega típico do U2...ops, tá proibido segundo os fãs em fazer esse tipo de comparação, mas fazer o que amigos?
Barulhos e sons distantes, uma guitarra que vem num crescendo e percebemos que Brian Eno é o mestre por trás de tudo isso, camadas e camadas sonoras para irmos em direção de um pop fechado e clássico a partir daí surge a boa Charlie_Brown, que apesar do “Q” meio X&Y soa moderna.
Esse é o grande mérito de Eno, em modernizar o rock/pop do Coldplay sem deixar piegas e principalmente por tentar ao máximo em afastá los dos seus ídolos irlandeses.
Us against the World e Major/Minor trazem à tona a fase A Rush of blood to the head, o que é ótimo, pois o mesmo é um clássico e para um sentido mais saudosista U.F.O poderia ter entrado no Parachutes fácil.
O som minimalista de Up in flames difere dentro da lista de músicas, o que não é demérito mesmo sendo um corpo estranho no disco.
Every teardrop is a waterfall carrega demais no pop e se torna uma pastiche mal feito de Viva la vida, essa sim poderia ter sido abolida do trabalho e substituída pelo lado B Moving to Mars, o fato não se repete na ótima parceria com Rihanna no pop simples de Princess of China.
Sei que fãs ficarão possessos, mas Mylo Xyloto está para o Coldplay assim como o Zooropa está o U2, ou seja, uma banda querendo ir além e se desafiando sem medo de flertar com o pop, eletrônico, rock ou folk.
2 comentários:
Só um idiota para achar que Coldplay é parecido com U2!
Isso é coisa de velho que não quer encarar que o U2 acabou e que o Coldplay é bem melhor...
Paz Mariana...
Tudo bem você gostar, ou não, mais de uma ou outra banda. Mas chamar alguém de idiota por conta disso não me parece muito democrático. Gosto tanto de U2 quanto de Coldplay, e entendo que a comparação do nosso amigo pasteleiro não se refere diretamente ao estilo musical e sim mais e evolução destas bandas na ousadia e na experimentação.
Um abraço a todos.
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