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segunda-feira, 16 de março de 2015

PINGANDO ÓLEO - Pride (2014)

Posted by Pasteleiro On 12:00 0 comentários

Para começar essa resenha precisaremos, primeiro, voltar à história. Aconteceu em 12 de março de 1984, há 32 anos atrás, quando a NUM (sindicato dos mineradores da Inglaterra) decretou uma greve nacional do setor contra o governo da até então Primeira Ministra inglesa Margareth Tatcher.




A greve durou um ano, com militância constante, piquetes e confronto nas ruas, mas ao fim os sindicatos e movimentos sociais foram vencidos pelo governo autoritário de Tatcher, marcando uma das maiores derrotas da esquerda e dos movimentos trabalhistas no Reino Unido.

E nesse cenário, entre discussões políticas e luta popular, que se passa “Pride”, longa dirigido por Matthew Warchus e que conta como um grupo do movimento GLBT londrino conseguiu conquistar espaço de apoio aos minerados em greve, mesmo esta sendo uma categoria conservadora e muito machista que, por vezes, não se deixava nem mesmo serem ajudados por conta do preconceito que possuíam.




Com nomes como Ben Schnetzer, George Mackay, Andrew Scott, Imelda Staunton, entre outros, o filme funciona bem, conseguindo trazer uma carga dramática mesclada a cenas de humor bem pontuadas e eficientes, sem transformar a dicotomia “Conservadores x GLBT” num pastelão desproposital.

Pride é uma ode ao movimento social, além de uma aula de civilidade e respeito.




Porém, nem tudo são flores, e acredito que um dos grandes problemas do longa foi ter pecado na solidez do roteiro, fazendo que por vezes algumas decisões e dramas de personagens específicos não fossem explicados, nos afastando da problemática individual destes, por exemplo Mark, personagem de Ben Schnetzer, que abandona a trama para depois retornar arrependido sem que nós saibamos o que de fato aconteceu.

Nota do Luis Pierotti: 7

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