"

terça-feira, 23 de setembro de 2008

PASTEL DE QUEIJO - Cena do Quase Inocente

Posted by Pasteleiro On 13:04 0 comentários

Essa semana o Pastel de Queijo vai tratar de filmes em que o bonzinho é cruel.

Você me pergunta - Como assim? E eu respondo: Há algum tempo atrás os roteiristas quiseram inovar colocando um personagem que parece inocente na trama, sendo o culpado, porém como tudo que é diferente é copiado assim se deu origem a vários filmes com as mesma técnicas,mas para dar um toque extra, os roteiristas vem utilizando outro recurso, o de revelar somente no final da história a natureza dos “bonzinhos” e assim deixando muitos deles impunes. Acompanhando a cena temos sempre uma música de suspense. Isso é um exemplo de inovação que virou clichê. Vou listar alguns filmes em que haja cenas parecidas (na relação estão filmes bons e ruins), vamos lá:



Duas Faces de um crime: Um brilhante advogado vai defender um coroinha acusado de matar um arcebispo. Passamos o filme todo desconfiados do coroinha, que aos poucos nos convence que é uma pessoa perturbada sofrendo de abusos por parte desse mesmo Arcebispo. A cena do tribunal é espetacular e o final, descobrimos ser o coroinha (Muito bem interpretado por Edward Norton) verdadeiro culpado.




Amigo Oculto: Nesse filme, estrelado pela eterna garotinha assusta Dakota Fanning, é narrada a relação de uma garota com seu pai, interpretado por Robert De Niro. Durante todo filme a garota parece perturbada, falando de seu amigo imaginário Charlie. Somente no final do filme descobrimos que na verdade Charlie e o pai da garota são a mesma pessoa. No fim, como não podia faltar, há cenas de flashback explicando o motivo do pai ter desenvolvido dupla personalidade.




Crimes em Primeiro Grau: Nesse filme vemos Ashley Judd repetindo a parceria com Morgan Freeman (haviam atuado juntos em beijos que matam). O filme mostra um militar que foi acusado de cometer diversos assassinatos de civis durante uma missão, no decorrer do filme a personagem de Ashley, tentando livrar o marido da corte, após várias reviravoltas ela consegue, apenas para descobrir que o marido era realmente o assassino. É legal reparar que a cena é sempre a mesma, com a pessoa só percebendo quando está sozinha com o assassino ou próximo do mesmo.




Revelação: Esse filme é uma mistura bem estranha de suspense e terror. O engraçado é ser um dos raros filmes em que vemos Harrison Ford como vilão. Nesta história somos apresentados a um casal feliz cuja esposa começa a ter visões e ser assombrada pelo espírito de uma jovem. O marido, um famoso cientista se parece preocupado com a esposa. No final do filme temos a revelação de que o marido traia a esposa com uma jovem, e pior, matou a pobre coitada. E então estão explicadas as aparições.



A Janela Secreta: Filme estrelado por Johnny Depp conta a história de Mort Rainey, um escritor em crise que certa noite recebe a visita de John Shooter, um caipira que acusa Depp de ter roubado sua história.

Dão-se aquelas seqüências de perseguição e suspense até, por fim, descobrirmos que o caipira era só uma mera outra personalidade do protagonista. Vilão não existe, protagonista é o vilão e todos nós ficamos surpresos(ou fingimos que ficamos).




A estranha perfeita: Nesse péssimo filme estrelado por Bruce Willis e Halle Berry, somos apresentados à uma jornalista cheia de princípios que se infiltra numa firma com o objetivo de descobrir o assassino de uma amiga. A história tem vários furos, mas com certeza o pior é o final. Quando descobrimos que a verdadeira assassina é a jornalista que infiltrou-se na firma apenas para incriminar o patrão, além disso, a tentativa de nos fazer engolir uma possibilidade de continuação, que ainda bem não veio.



Justa Causa: Também um filme sobre advogado, porém esse já está mais na onda de Silêncio dos inocentes. Um professor de direito (Sean Connery) batendo de frente com um xerife (Laurence Fishburn) a respeito do caso de um rapaz negro acusado de estuprar e assassinar uma jovem. À medida que a investigação segue acabamos nos apegando ao jovem que está sentenciado a morte, para no final descobrirmos que ele é um assassino.



Os Suspeitos: Um dos primeiros filmes a ter esse tipo de roteiro, apesar do personagem Verbal não ser um típico exemplo de bom rapaz. Somos apresentados a incrível narrativa dele e ao temível Kaiser Sosa, que no fim (adivinha) são mesma pessoa. A reação do personagem de Chazz Palminteri, é a mesma que a de quem está assistindo ao filme. Segue abaixo o trecho final do filme.



Observaram que legal vários filmes com a mesma cena só que trabalhadas de maneira diferente? Encerro com uma frase que demonstra bem a natureza dessa cena, ela é dita por Kevin Spacey no final do filme Os Suspeitos.

"A maior artimanha do diabo foi a de convencer o mundo de que ele não existe.”

0 comentários: