Em 1968 um jovem diretor resolveu fazer uma produção barata de um filme de terror. Filmes de zumbi ainda eram uma novidade na época, e o diretor/roteirista ainda era desconhecido, porém, anos mais tarde se tornaria referência para esse tipo de filme. Se você é fã desse gênero deve saber que estou falando de George Romero.
O filme do qual falo é “A noite dos mortos vivos”, uma história clássica de pessoas presas em um ambiente seguro (nesse caso uma casa) e cercadas por todos os lados por criaturas hostis (zumbis).
A ação não é tanto o ponto forte da história, sendo em minha opinião as relações humanas o tema central do filme, a personagem central, para vocês terem idéia, é uma donzela em perigo que vê o irmão ser morto por um zumbi, e passa mais da metade do filme passiva e dispersa da realidade, com poucas falas e, quando resolve agir, tem um trágico final.
A grande sacada desse filme é utilizar um ator negro (Duane Jones), e por nenhum momento o tema racismo ou segregação é apontado, mesmo o antagonista da história, um pai histérico que está com a filha doente no sotão, chama em momento algum o trata de maneira ofensiva. Essa atitude pode ser comum nos filmes de hoje, mas o racismo e a segregação eram temas importantes na época, inclusive foi tema do clássico de 1962 “O Sol É Para Todos”.
As formas como os personagens descobrem as informações a cerca dos zumbis durante a trama são por meio de transmissões de rádio e televisão, que aos poucos vão explicando a origem de tudo aquilo. Essas informações, atualmente, se tornaram referências para diversos filmes, entre as que podemos destacar estão:
- A única forma de matar um zumbi é atirando na cabeça
- As pessoas que morrem atacadas por zumbi retornam a vida
- As criaturas devoram carne
- Os zumbis são lerdos
Ao final do filme somos jogados a uma situação em que questionamos quem são os verdadeiros monstros da história. Se você gosta de filmes de zumbis não pode deixar de ver esse clássico. A versão de 1990 é boa, mas com certeza não tem o impacto da de 1968.
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