Para começar: Na Natureza Selvagem é uma ode à solidão, mas não pense que falo de maneira melancólica. É uma ode à solidão que todos precisamos. Alguns mais outros menos.
O personagem central, Chris – ou Alex, nome que adota após fugir de casa – (Emile Hirsch), anseia não somente pela solidão, mas também pela liberdade, por uma vida sem amarras e sem pretensões. Talvez o caminho por ele trilhado no filme seja um caminho que todos nós, algum dia, já desejamos trilhar.
Deixando a filosofia um pouco de lado, o filme nos apresenta lindas paisagens e citações de escritores e personagens famosos. O elenco de apoio consegue, de forma competente, gravitar em torno de Chris/Alex ao mesmo tempo em nos atrai com sua presença. Com certeza, o filme não seria o mesmo sem a presença da família de Chris: seu pais, um casal que tenta ser perfeito,mas que é cheio de segredos, e sua irmã, uma figura isolada e apaixonada pelo próprio irmão e que, durante a história, narra alguns de seus pensamentos sobre ele.
Além da família de Chris, somos apresentados às pessoas que ele conhece no caminho, como o casal de hippies, interpretados por Brian H. Dierker e Catherine Keener, o brincalhão Wayne (Vince Vaughn), a bela Tracy, interpretada pela (agora estrela) Kristen Stewart e, por fim, o solitário e amargurado Ron (Hal Holbrook).
A direção fica por conta de Sean Penn, que consegue passar de maneira competente a história. Calcada num roteiro não linear, creio que a forma como ela é contada faz com que a duração do filme (duas horas e meia), quase nem seja sentida.
Esse roteiro, aliás, é baseado em fatos reais, o que faz com que o final fique ainda mais triste e nos deixe pensando que, talvez, Chris não fosse um sonhador, mas somente alguém tão envolvido pela natureza selvagem que se esqueceu de onde veio.
Recomendo o longa para quem é amante da natureza, da liberdade, que goste de conhecer novos caminhos. Na Natureza Selvagem com certeza será um dos filmes que esse pobre Pasteleiro irá colocar em sua coleção.
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