Quando vi que ia ter um filme contando a história do físico Stephen Hawking, pensei que poderia ser uma história de superação, visto que ele não nasceu com nenhuma deficiência, e sim adquiriu uma doença ao longa da vida.
“A teoria de tudo” começa mostrando Stephen (Eddie Redmayne) já na faculdade, se mostrando um aluno desleixado, porém brilhante. Também é apresentado um lado mais boêmio do físico, é durante essa parte da sua vida que ele conhece Jane (Felicity Jones), a mulher que se tornaria sua esposa.
O que mais chama a atenção no filme é a dedicação que Eddie Redmayne teve com o papel, ele realmente se parece muito com Stephen Hawking. No estado mais avançado de sua doença, o ator está quase perfeito no papel.
O que mais me incomoda é que ao contar a história de alguém que ainda está vivo, cria-se certa limitação, pois para evitar problemas com o personagem real, muito é romantizado ou apenas exibido pontos positivos de sua história, e ainda pelo foco da trama ser o período em que ele já está doente, o filme acaba trabalhando mais a relação de Jane e Stephen e a forma como ela vai se desgastando, mas as coisas acontecem muito rápido e você não consegue ter uma empatia pelos personagens.
Eu acabei não comprando a ideia do filme, achei que ele não chegou a lugar nenhum e não se sustentou. Creio que o enredo seria melhor se mostrasse a infância dele até chegar à parte adulta, mesmo as frustrações do protagonista por estar naquela condição, situação que seria natural, mas não foi explorada, tendo somente uma cena no final na qual realmente podemos entender um pouco do que ele pensa sobre estar imobilizado. Outro ponto que me frustrou foi não mostrar a relação dele com os filhos. No geral “A teoria de tudo” se foca mais no romance com uma história de amor que mescla dedicação, carinho, cumplicidade e até um pouco de ousadia.
Escrito por Fábio Campos
1 comentários:
Seu comentário foi eficiente, porque agora vou querer ver o filme... Já tinha visto o trailer e curti. Agora, só vendo mesmo.
Postar um comentário