Começo de ano, eis que estou pronto para dormir e resolvo colocar um filme para rodar enquanto o sono não vem. Abro o Netflix e vejo que um dos filmes “em alta” sugeridos por eles, se chama “Será que?”. Confesso que mesmo com o título já entregando o estilo pelo qual o filme trilharia e eu não sendo fã de comédias românticas (muito menos filmes românticos adolescentes), resolvi assisti-lo pela curiosidade de analisar como anda a imagem e interpretação de nosso eterno Harry Potter.
Sim, protagonizado por Daniel Radcliffe(Wallace) e Zoe Kazan (Chantry), o filme conta a história de dois jovens que, em meio às atribulações do início de suas vidas adultas (o que significa trabalho e faculdade, resumidamente), se conhecem em uma festa e a partir daí constroem uma relação complexa de amizade e paixão, que seria muito mais simples não fosse o fato de que Chantry mora com seu namorado há anos e não parece ter planos de deixa-lo.
Bom, é basicamente isso, tudo que necessitamos para que uma história romântica possa existir: um casal, um impedimento e drama para o apelo juvenil. E a minha opinião sobre esse filme é: fraco.
A história se arrasta tão tediosamente quanto uma paixão adolescente vista pelos olhos de quem já deixou esse tipo de relacionamento para trás. Sinceramente, não sei o que o roteirista do longa quis produzir naquelas quase duas horas de filme. A personalidade “descolada” dos personagens, que nos é apresentada em momentos de diálogos secundários entre os protagonistas, é completamente anulada quando estes entram em discussões sobre relacionamento e emoções, transformando instantaneamente dois jovens adultos em pré-adolescentes inseguros. Também não gostei das tentativas de inserção de elementos mais artísticos na história, como a representação dos sentimentos de Chantry pelas animações voadoras bizarras, ficou simplesmente bobo.
No fim das contas, “Será que?” é um manual de como afundar na ‘friendzone”.
Apesar de tudo, é o segundo filme que assisto do Daniel Radcliffe depois do fim da franquia Harry Potter, e pela segunda vez me surpreendi em não ser mentalmente direcionado ao personagem do bruxinho. Mérito para o ator que consegue se livrar do rótulo de seu papel mais conhecido.
Se você gosta de filmes românticos com uma pitada de comédia e muito drama, assiste aí, não será dos melhores e pode ser que você sinta um pouco de raiva dos personagens. Não espere muito desse título.
Escrito por Luiz Fernando Pierotti
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