Tem filmes cuja formula só funciona uma vez, a solução é quando ele acaba de ser lançado ter logo uma continuação ou os deixarem únicos, sem espaço para continuações. Casos em que tentaram enfiar sequências anos depois e fracassaram são vários, como o exemplo iconico que é Matrix, que no primeiro filme explodiu a cabeça de muita gente e nas continuações decepcionou.
Sin City acho que se encaixa em um quadro pior. Logo que foi lançado todo mundo adorou, a violência explicita, os diálogos ácidos, Frank Miller no topo das adaptações, e aquela estética do preto e branco com as cores só tomando formas em algumas cenas. Além disso, era um elenco cheio de grandes atores que souberam defender bem seus personagens.
Anos depois decidem que era hora de uma continuação, num momento em que o cinema está repleto de quadrinhos, no qual Spirit, uma tentativa ridícula do Frank Miller de dirigir algo, esgotou essa linguagem de Sin City, e além disso o nome dele ainda está altamente ligado ao lado conservador dos EUA. Não bastasse tudo isso, em vez de apostar em novas histórias, resolveram revisar novas personagens e por isso tivemos algumas voltas desnecessárias como Marv (Mickey Rourke), Nancy (Jessica Alba) e Hartigan (Bruce Willis) que estão lá só para atrair os desavisados. Os três tem tramas muito furadas que mais servem para nos fazer pensar: esses caras não morreram no primeiro filme?
As outras tramas que não contam com esses atores, apostam em rostos como Eva Green, Josh Brolin e Joseph Gordon-Levitt, sendo ainda piores. O plot principal que é o da Dama Fatal é o mais promissor em minha opinião, só que ele fica tão arrastado e forçado, e parece haver uma necessidade tão grande de mostrar a bunda da atriz ou como a japonesinha da espada é matadora, que esqueceram da história.
Para quem não quer se decepcionar passe longe dessa produção caça-níquel, vale mais a pena comprar um blu-ray do primeiro ou comprar as HQ’s originais que o dinheiro é melhor investido.
Escrito por Fábio Campos
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