Quando saiu a lista de indicados ao Oscar, creio que, em minha opinião, a ausência mais marcante em foi por conta de “O Abutre”, um dos longas que assim que assisti se tornaram um dos meus preferidos.
Contando com o brilhante Jake Gyllenhaal no papel principal, o longa conta a história de Louis, um picareta e ladrão que apesar de muito inteligente, busca sempre formas ilícitas de ganhar dinheiro. Uma noite após diversas tentativas de ganhar uma grana extra, ele acaba se deparando com um acidente, e vê ali uma oportunidade de ganhar dinheiro.
Bem, vamos lá, creio que aqui vou ter de me controlar para não falar de todos os méritos que o filme tem. Primeiro acho que devo destacar o maior crime que a academia cometeu ao não indicar o ótimo Gyllenhaal como melhor ator, ele está simplesmente brilhante no papel, com uma atuação fria e contida, ele parece ao mesmo tempo uma pessoa determinada e em outros mortal, sendo assim nunca é possível entender se ele realmente é um monstro ou não, além disso devo destacar ainda o visual do ator, com o cabelo bem escuro todo puxado para trás e roupas escuras em quase todo momento, ele fica muito parecido com o animal que dá nome ao filme.
Feito os elogios a atuação, vamos a trama que, para mim, é um tapa na cara desses ditos jornalistas que ganham a vida explorando o momento difícil dos outros e também para quem consome essas informações, afinal, quem aqui não acabou vez ou outro deixando um pouco mais no “Cidade Alerta” durante algum momento trágico? Pois bem o diretor Dan Gilroy explorou bem essa necessidade do ser humano de ser espectador da desgraça alheia, e como emissário desses momentos horríveis escolheu um personagem detestável e com um comportamento digno dos piores serial-killers.
Entre todas essas abordagens, o filme ainda encontra tempo para fazer a Rene Russo brilhar, a atriz que estava meio sumida, e ultimamente só tinha aparecido com um pouco de destaque no filme do Thor, acaba também tendo uma atuação digna no papel de uma executiva ambiciosa de um canal de televisão.
Os elogios ao filme e ao seu roteiro, para mim, são muitos, e desde já o considero um dos maiores injustiçados de 2015. Creio eu que se a direção fosse dos irmãos Coen, ou de algum diretor com um pouco mais de “nome”, o longa com certeza receberia mais atenção. Pelo menos ele não acabou sendo totalmente esquecido e galgou uma indicação por conta de roteiro original. Eu recomendo e muito o filme.
Escrito por Fábio Campos
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