Bem, primeiro de tudo, o nome do filme parece um anúncio daqueles programas polêmicos, tenta vender o filme como sendo uma história chocante e impressionante, coisa que não é. Quem já parou uns 10 minutos no canal Discovery ID com certeza já viu uns 10 casos parecidos e isso contando baixo.
Falando um pouco mais sobre o filme, ele conta a história do milionário John Du Pont (Steve Carrel) que, apaixonado por luta livre, resolve patrocinar o campeão olímpico Mark Schultz (Channing Tatum). A relação que os dois acabam desenvolvendo se torna cada vez mais estranha e curiosa, e em meio a esse relacionamento complexo surge David (Mark Ruffalo), irmão e treinador de Mark. o encontro dos três caba tendo um final trágico.
A maior aposta de “Foxcatcher” é em Steve Carrel, acho que o diretor Bennett Miller achou que seria interessante fazer um ator mais conhecido por personagens cômicos atuar em um papel mais complexo e sério, esse tipo de coisa já aconteceu antes com o Jim Carrey e Robin Willians, dois atores que conseguiram se sair muito bem em situação similar. Carrel também acaba se saindo muito bem, apesar da maquiagem que nos deixa com a impressão que ele sempre vai espirrar ou algo do tipo, no fim é um bom trabalho, mas nada memorável ou capaz de marcar sua carreira.
O elenco ainda conta com um competente Mark Ruffalo que, assim como Carrel, está bem diferente da forma como o conhecemos. No filme ele ostenta uma barba e possui cabelo ralo, além de um corpo enorme, a sua participação apesar de importante é bem reduzida no longa, o que achei um ponto um pouco falho, afinal, acho que se o seu personagem tivesse mais participação talvez tivéssemos uma filme melhor. Se Mark Ruffalo está bem diferente, não podemos dizer o mesmo de Channing Tatum, que parece repetir seus papéis. Encarnando novamente o grandão burro, ele está mais para o lado do ingênuo, e a forma como interpreta Mark Schultz nos deixa com a impressão que o personagem em questão não tem personalidade nenhuma, o que atrapalha e muito nas cenas em que é necessário um pouco mais de profundidade na história.
Para finalizar, “Foxcatcher” é um filme que apostou muito em atuações. Com um roteiro bem arrastado em alguns momentos, o longa parece que estica a história sem necessidade, deixando de explorar momentos interessantes como a relação de John Du Pont e sua mãe, ou mesmo dele com David. Apesar da ótima caracterização dos personagens, faltou um pouco mais de emoção na história, o desfecho final que teria de ser “chocante” acaba sendo somente um final comum e sem muita profundidade.
Escrito por Fábio Campos
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