Vidas ao vento era uma das animações que eu estava mais ansioso para ver desde sua indicação ao Oscar em 2013, apresentado como o último trabalho do mestre Hayao Miyazaki, só por essa menção a animação já se torna essencial para qualquer admirador.
Creio eu que “Vidas ao vento” dentre os trabalho de Miyazaki é um dos que mais foge dos padrões, afinal são poucos aqueles momentos mágicos tão comuns em “A viagem de Chihiro” e “Castelo Animado”, e quando alguma coisa fora do comum ocorre ela acontece no mundo dos sonhos, que é lindamente apresentado ao protagonista.
Bem, a história da animação é centrada desta vez em um personagem masculino, coisa meio incomum se considerarmos que os melhores trabalhos de Miyazaki tem as mulheres, ou no caso meninas, como protagonistas. Curiosidades a parte aqui ele retrata a vida de Jiro Horikoshi um rapaz que desde pequeno sempre teve o sonho de projetar aviões, e é atrás desse seu objetivo que a trama se desenvolve, em como sua mente sonhadora consegue ir a outros países e até conhecer a mulher da sua vida, além de também acabar fazendo parte da Guerra.
Apesar da trama não ser calcada em fatos reais, somente inspirada, já que o na vida real Jiro teve uma vida pessoal um pouco diferente da retratada, tendo casado (SPOILER – A esposa não é doente) e com filhos, porém essas pequenas alterações são permitidas para poder desenvolver melhor a história e inserir um pouco mais de emoção a vida do personagem. E cenas poderosas não faltam, como a dos sonhos e todo o dialogo que ele tem com seu ídolo, e também a bela relação entre Jiro e sua esposa, que para alguns pode parecer em certos momentos fria, mas que tinham o seu jeito de se amar.
Para quem é fã nem preciso recomendar, porém para os que não tiveram a oportunidade de conhecer a obra de Miyazaki deve dar uma chance a “Vidas ao Vento”, em especial alguns caras que acham que o trabalho desse diretor é centrado em garotinhas e personagens de fantasia.
Nota do Fábio Campos - 8,0
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