Festa no Céu é para mim uma das gratas surpresas de 2014, contando uma história que soube utilizar muito bem a cultura mexicana e suas crenças, a animação consegue explorar um tema tão forte como a morte de maneira muito interessante, e com uma linguagem que não assusta as crianças.
Na história, um grupo de crianças mal criadas são levadas a uma visita ao museu, chegando lá, vão para uma área secreta onde acabam conhecendo a história dos três amigos, Joaquim, Manolo e Maria, cada um com seus próprios sonhos e ambições, mal sabiam eles que seriam alvos de uma aposta entre a bondosa La Muerta e o cafajeste Xibalba.
O que impressiona em “Festa no Céu” é a forma como ele trabalha temas tabu como a morte de uma maneira leve, por exemplo, alguns personagens morrem durante a história, porém você não consegue encarar aquilo como uma fatalidade, dada a proposta da animação. Além disso, o mundo do mortos é todo colorido e cheio de vida, o que dá ainda menos chance para se criar um clima de terror.
Outro ponto a se destacar é fugirem do local comum ao explorarem um pouco mais a mitologia de outros países, pois ao longo dos anos o que mais vemos são filmes e animações com base em história do povo grego, romano ou nórdico, não dando chance para a cultura latino-americana.
Em relação a produção, como já disse, a todo um colorido na história que consegue chamar a atenção, o enredo apesar de não ser dos mais originais, consegue desenvolver bem os personagens. O diretor Jorge Guitiérrez era um desconhecido pra mim, mas acho que ele tem muito potencial, vale ainda destacar que Guillermo del Toro foi o produtor do filme.
Nota do Fábio Campo – 7,5
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