Lembro-me com exatidão do dia em que resolvi assistir “A Mulher de Preto” com a curiosidade de ver o até então recente ex-Harry Potter Daniel Radcliffe em um filme de terror, e não foi uma experiência ruim, não! O primeiro filme me surpreendeu pela obscuridade do ambiente e pela larga presença de elementos de terror que não saltavam na tela como bonecos de borracha em atrações “assustadoras” de parque de diversão... Pelo menos em grande parte do filme.
Enfim, passou-se o primeiro filme e acreditei que nunca mais veria outro longa que trouxesse o mesmo título, que inocência a minha! Esqueci que filme de terror já nascem como franquia antes mesmo de escolherem o título, e lá estava “A Mulher de Preto 2: Anjo da Morte”.
Dirigido por Tom Harper, diretor cuja carreira foi praticamente construída por filmes e séries de TV, o longa retrata um grupo de crianças Londrinas que, atingidas pela Segunda Guerra Mundial, vão para a Casa Eel Marsh junto de suas duas novas tutoras, quarenta anos após o ocorrido no primeiro filme.
Com um cast de pouca projeção, ao contrário de seu antecessor, conta com nomes como Phoebe Fox, Mary Roscoe e Jeremy Irvine, o mais famosinho dentre os atores, por seu trabalho com Spielberg em “Cavalo de Guerra”.
Pois é, um filme que soma o ambiente de uma mansão abandonada e uma horda de crianças potencialmente assustadoras poderia dar muito certo, mas não foi o que aconteceu.
Com uma construção de tensão fraca e ambientação pouco sombria, o filme não alcança uma imersão suficiente para que os expectadores possam sentir qualquer traço de apreensão, além de ter um roteiro visivelmente furado que fez com que o filme avançasse rápido demais e sem explicações a cerca das relações entre os personagens, como o carinho da protagonista Eve com uma das crianças, dando a impressão de ser um amor nato e sem explicação histórica palpável.
Filme fraco que não cria relação nenhuma com seu antecessor, apenas se aproveitando (de modo ruim) do mesmo título e vilão.
E o que me causa mais decepção é saber que com toda a certeza do mundo haverá uma parte três.
Nota do Luiz Fernando Pierotti - 4,0
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