Tangerines é um daqueles filmes que parecem ser bem simples, mas que conseguem com muito pouco fazer quem está assistindo refletir como, as vezes, um pequeno gesto pode fazer a diferença, na vida de uma pessoa.
O longa que concorre ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro como representante da Estônia conta a história de Ivo (Lembit Ulfsak), um homem velho e cansado que vive em uma região que está a ponto de se tornar uma zona de guerra. Assim, junto com um amigo, esperam colher e vender a última safra de tangerinas, mas o destino dos dois muda quando Ahmed (Giorgi Nakashidze) e Niko (Misha Meskhi) cruzam o caminho deles.
Bom, o que mais gostei do longa é a forma como a história é construída, inicialmente parecendo ser uma trama mais contida, com personagens sendo observadores de uma guerra mas sem participação efetiva, o filme acaba tendo uma virada que faz com que a guerra chegue até todos, porém o que impressiona é a forma como essa hostilidade é recebido pelo velho.
Ano passado me encantei com o belo “Alabama Monroe” que tinha uma das tramas mais bonitas e dramáticas que vi na história do cinema, esse ano me emocionei com “Tangerines” que, como poucos, em momentos de tanta intolerância sabe bem explorar o que há de melhor no ser humano. Recomendo para quem gosta de filmes de guerra, amizades e especialmente aqueles filmes que trazem grandes lições. No final é sempre bom lembrar “e isso faz alguma diferença?”.
Escrito por Fábio Campos
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