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domingo, 8 de fevereiro de 2015

PINGANDO ÓLEO - Caminhos da Floresta (2014)

Posted by Pasteleiro On 13:10 0 comentários

A principio, tudo que eu sabia sobre esse filme “Caminhos da floresta” era que se tratava de uma fantasia que rendeu à Meryl Streep uma algumas indicações à melhor atriz coadjuvante, e meus queridos leitores... Gostaria que tivesse terminado por aí.




Do mesmo diretor de Piratas do Caribe – Navegando em Águas Misteriosas, Rob Marshall é o responsável por esse novo musical da Disney que mescla vários contos de fadas (como sempre, afinal é Disney) em um único filme. Para resumir, James Corden e Emily Blunt interpretam o casal protagonista que, tentando ter um filho, aceitam a proposta da bruxa (Meryl Streep) de coletar alguns acessórios como o sapatinho dourado, uma capa vermelha, etc, no período de 3 noites, o que possibilitaria uma espécie de inseminação artificial mágica, ou qualquer coisa assim.




A principio achei o filme passável, com algumas cenas engraçadinhas e relações interessantes entre personagens de histórias distintas, mas em determinado momento algo muito ruim acontece. O filme se enrola de tal maneira que se torna quase impossível acompanhar a trama e a motivações dos personagens, dando a impressão de que esta última foi deixada de lado em prol de uma aceleração sem propósito que visa um final absolutamente sem sentido e sem graça nenhuma.




Informações são dadas sem propósito nenhuma, o que nos dá a impressão de erros na edição final do filme, situações se desenrolam de maneira inexplicável como uma espécie de Deus Ex Machina que mais atrapalha do que ajuda, Johnny Depp interpretando o lobo da chapeuzinho-vermelho, novamente usando um chapéu na cabeça, maquiagem bizarra e trejeitos exagerados e, por fim, as músicas! Meu Deus, as músicas!
Particularmente eu não gosto de musicais, não que seja um desgosto pleno, me agradam obras como “Chicago” (que, por acaso, é do mesmo diretor), mas musicais da Disney não me descem. Duas horas inteiras de cantorias melodramáticas e bobas, com tantas vozinhas agudas e emotivas que eu, por vezes, quase pensei em furar meus tímpanos.

Por fim, seu final arrastado. Enxerguei três finais possíveis até que o verdadeiro término do filme chegasse, tão lento quanto minha vontade de viver naquele momento.

Agora vocês me perguntam: e como a Meryl Streep foi indicado por um filme tão ruim ?
Respondo!




Ela é uma ótima atriz, e você percebe claramente sua entrega ao personagem, mas sinceramente? Não acho que seja um personagem para Oscar, não tem sentimento, não tem profundidade, foi apenas uma bela puxada de saco na atriz.

Se você gosta da Disney e de musicais desse tipo, assista. Eu não me responsabilizo pelos traumas.


Escrito por Luiz Fernando Pierotti

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