Livre (2014)
Não sei se sou eu que estava sem paciência, ou se perderam a mão em “Livre”. Me empolguei para ver o longa achando que ia encontrar um genérico do ótimo “Na natureza selvagem”, porém acabei encontrando um filme que acaba se esforçando tanto para trazer um pouco de reflexão e empatia para a protagonista que acabei me sentindo, em certos momentos, e com o perdão da palavra, “de saco cheio” da enrolação que é a história.
Reese Witherspoon estrela “Livre” no papel de Cheryl, uma mulher que após a morte da mãe acaba se perdendo na vida, e meio que estragando a de várias outras pessoas que gostam dela. Assim, em busca de um momento em que pudesse ficar só, a moça resolve fazer uma longa caminhada para testar seu corpo e seu espirito.
Bem como disse o filme intercala o presente com momentos interessantes do passado da personagem, inclusive com várias cenas de sexo, afinal é meio que subentendido que a protagonista é viciada nisso, e também na relação da mesma com sua mãe, interpretada pela Laura Dern. É claro que esses momentos são os que mais contém emoção, e que acabam meio que servindo de norte para mostrar como se comporta a protagonista em relação ao seu passado.
Outro ponto a se destacar é a direção de Jean-Marc Vallée, o mesmo diretor de Clube de Compras Dallas, que parece que acaba errando a mão e fazendo um filme que não funciona tão bem como ele queria, fazendo parecer que falta algo.
Na minha opinião, o filme tem belas paisagem e locações muito bonitas, porém ele não consegue criar uma empatia pela história, várias são as pessoas que passam por momentos difíceis e não tem suas vidas retratadas no cinema, por isso a trama acaba se tornando pessoal demais, e dá aquela impressão que ela deve funcionar melhor com quem está passando por uma situação semelhante à do filme. Não sei se fui ver o filme muito ogro, mas acho que ele não teve efeito em mim, o achei muito parado e cansativo.
Nota do Fábio Campos – 5,0
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