"

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

PINGANDO ÓLEO - Sniper Americano (2014)

Posted by Pasteleiro On 13:44 0 comentários

Fui surpreendido quando vi junto aos indicados do Oscar brotar um título que até então não estava presente em nenhuma indicação do Globo de Ouro, não que fosse obrigatório as duas premiações citarem os mesmos filmes, mas não haver nenhuma menção em uma delas, e na outra tantas indicações foi meio estranho.





Então fui assistir, até porque é uma temática que gosto. Sentei-me confortavelmente em frente à tela e assisti a adaptação do livro American Sniper: The Autobiography of the Most Lethal Sniper in US Militar History. E é exatamente isso, Bradley Cooper interpreta Chris Kyle, um típico cowboy americano que após se tornar atirador de elite dos Navy Seals, é enviado para o Iraque, onde mata, oficialmente, mais de 150 pessoas.





Mesmo que dirigido por Clint Eastwood, seu nome me parece meio apagado nessa relação com a obra, e é fácil compreender o porquê. Dono de direções tão fortes como Gran Torino, Invictus e Cartas de Iwo jima, desta vez seu filme saiu fraco, me parecendo uma tentativa de fazer algo que Guerra ao Terror já o tinha feito alguns anos atrás, e, para mim, de forma menos tendenciosa.




Sniper Americano tenta imprimir em seu personagem certa culpa pelo fato de ter sido o carrasco de tantas mortes, inclusive de crianças iraquianas, mas falha miseravelmente em dar essa profundidade psicológica, e então o que eles fazem? Mesclam essa culpa com a glória militar de seus feitos e com um mar de bandeiras americanas enquanto sobem os créditos.

O filme tem bons efeitos visuais e uma produção muito bem cuidada, mas não deixa de ser nada mais nada menos que uma ode ao poderio militar americano, conseguindo deixar a história de seu personagem protagonista ofuscada.




Não li o livro supracitado, e tenho um pouco de medo de uma autobiografia em que o autor se intitula “o mais letal sniper da história de blá blá”, assim, na terceira pessoa (igual ao Pelé), então não posso dizer se há mais ou menos realismo nas emoções daquele homem, e mesmo se o filme seguir à risca as páginas, então ambas as obras não valem de muita coisa.


Nota: 5,0

Escrito por Luiz Pierotti

0 comentários: