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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

PINGANDO ÓLEO - Grandes Olhos (2014)

Posted by Pasteleiro On 12:00 1 comentários

Primeiramente eu gostaria de deixar claro a todos que apesar das minhas constantes críticas, piadas e chacotas com o diretor Tim Burton, eu não o odeio, ou desgosto, ou menosprezo como parece. Não, eu sempre assisti seus filmes e gosto bastante de alguns, talvez seja exatamente por esse gosto pessoal somado a uma nostalgia cinéfila que acabo sendo tão duro com suas últimas obras (caso queira entender essa minha problemática, leia aqui o artigo que escrevi sobre o tema). E foi com esse pé atrás, cansado sempre da mesma ladainha 80tista-trevosa que me sentei para assistir “Big Eyes”, e quer saber? Que surpresa amável!




Baseado em fatos reais, o filme conta a história da pintora Margaret Keane (Amy Adams) que após se casar com o falastrão Walter Keane (Christoph Waltz), se envolve em um relacionamento abusivo e fraudulento, que a leva a pintar seus quadros de maneira anônima para que Walter, extremamente hábil no que diz respeito á autopromoção, assuma a autoria das pinturas e as venda com mais facilidade. Logicamente que uma dinâmica dessa não dá certo e a situação foge de controle, destruindo essa frágil aliança entre os dois.





Tim Burton me surpreendeu com esse segundo filme biográfico, me fazendo lembrar do ótimo “Ed Wood”, assim como o trabalho de fotografia e arte nos traz um pouco da substancia encontrada em “Peixe Grande”.

Sem Helena Bonham Carter ou Johnny Depp, Tim Burton prova que consegue se reinventar sem perder sua personalidade, mantendo os toques expressionistas que acompanharam sua carreira, mas de modo sutil e bem arranjado.




É uma obra de arte? Não, não é. Mas é um filme bem acima dos últimos do diretor. História interessante e um trabalho de dar raiva (mais uma vez) por parte do Christoph Waltz.

Luiz Fernando Pierotti diz que vale a pena, mas continuará inquisitivamente de olho em Tim Burton.


Nota do Luiz Fernando Pierotti – 7,0

1 comentários:

Achei a história fascinante e acho que Tim Burton acertou em cheio dessa vez. Como você disse, a atuação do Chris Waltz é de dar raiva mesmo, o cara é muito bom no que faz. Eu acho que mereceria ter sido pelo menos indicado como melhor ator coadjuvante. E a atuação da Amy Adams também não deixa nada a desejar, ela interpreta cada jeitinho da pintora real e a construção da personalidade dela no filme, da mulher meio inocente que permanece submissa por medo, até a mulher que ela se torna no final, é fantástica. Muito bom. :P