Do diretor Andrey Zvyagintsey, Leviatã é um drama russo vencedor do Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, um dos favoritos ao Oscar na mesma categoria e uma grande surpresa para mim que, no caso, nunca tive lá muito contato com o cinema do país.
Com um plano de fundo incrível de uma desolada península do mar Barents, no Ártico, Leviatã acompanha de uma família cujopai Kolia (Aleksey Serebryakov)), um humilde mecânico, luta contra os abusos do prefeito local, Vadim Cheleviar (Roman Madianov) que deseja desaloja-lo para, assim, tomar posse do terreno de sua casa. Para tal, Kolia conta com a ajuda de Dmitri (Vladimir Vdovitchenkov), um amigo advogado de Moscow. Além disso, também é necessário lidar com os problemas internos da família, enquanto seu filho adolescente Roman (Sergey Pokhodaev), que não consegue se entender com a nova esposa Lilya (Elena Lyadova).
Assisti o filme após a forte impressão que este me causou lodo á primeira vista. A fotografia é espetacular, localizando os personagens em um ambiente que transborda solidão e tristeza, criando uma forte ideia de abandono, ideia essa que é confirmada pelo ótimo trabalho de interpretação dos atores, dando mais ênfase à Roman Madianov que constrói uma persona simplesmente incrível.
A trama é pesada, fugindo do paradigma do sucesso pela determinação. Leviatã vai fundo na natureza humana e na forma como as injustiças do mundo afetam diretamente a vida de várias pessoas, num efeito dominó imediato.
Eu, particularmente, adorei o filme, mas deixo claro que este não tem um ritmo acelerado ou flerta com qualquer temática de ação. Você precisa dar o play e aceitar imergir no ambiente gelado e solitário do Ártico.
Escrito por Luiz Fernando Pierotti
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