Interestelar causou diferentes reações em seus expectdores, como pude reparar ao longo dos últimos meses. Alguma pessoas adoraram o filme, o idolatrando como uma das grandes obras de ficção científica já filmadas, outros renegaram a história contada, não se deixando fisgar pela trama. Não posso explicar um antagonismo tão extremo se não especulando que trate-se de uma identificação pessoal com o tema e o ritmo do filme, na verdade a única coisa que posso tentar explicar é a minha sensação após assistir ao filme, e a sensação resume-se em: fascínio.
Christopher Nolan, que após se consagrar com obras tão populares quanto a nova trilogia de Batman, ou os tão conceituais “A Origem” e “Amnésia”, dessa vez nos conta a trajetória de Cooper (Matthew McConaughey), um ex-piloto da NASA que, após um acidente, torna-se fazendeiro em uma terra futurista onde todos os esforços humanos são voltados à produção de alimento, cada vez mais escasso em solo terrestre. Porém, após uma revelação bem pessimista sobre o futuro da Terra, Cooper se junta a uma nova equipe da NASA que pretende vasculhar galáxias desconhecidas em busca de um planeta habitavel que possa ser a futura casa da raça humana.
Com um elenco de nomes conhecidos como Anne Hathaway, Wes Bentley, Matt Damon, John Lithgow e outros, o filme funciona bem, com um nível de interpretação satisfatório, apesar de não se destacar o suficiente para que o trabalho dos atores seja o grande diamente de filme. Em minha opinião, a pérola de Interestelar é nada mais nada menos que sua história.
Envolta em uma suposta irrealidade, o roteiro caminha junto de teorías físicas existentes, trabalhando brilhantemente, por exemplo, com o princípio da relatividade de Einstein, ou mesmo os ‘buracos de minhoca’, suposta característica topológica do continuo espaço-tempo. Essa matéria prima científica se torna algo envolvente para amantes de ficção científica, como eu.
Mas não é só de hipóteses científicas que Interestelar se faz um bom filme, mas também pela proposta que trata das relações familiares. De ganhos e perdas, sacrificios e ideologias.
Aceito o fato de que nem todos compartilham desse gosto científico que tenho, mas a minha sincera opinião é que Interestelar é outra obra de arte de Nolan, e merece ser assistida por todos.
Nota de Luiz Pierotti para o filme: 9,0
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