Após assistir “Lixo Extraordinário” eu senti uma certa incompreensão. Pois a pouco menos de um mês assisti “Um trabalho interno”, que foi o documentário vencedor da categoria no mesmo ano em que “Lixo Extraordinário” concorreu ao Oscar. E o que enxerguei foi um abismo absurdo: enquanto o ganhador parecia uma enfadonha aula de porque os americanos foram burros – e ainda são pela crise, o segundo tem um tom bem mais motivador, com uma história que além de bonita, não só inspira um valor para quem está vendo como também ele transformou a vida de diversas pessoas.
Para quem não tem a chance de assistir ao documentário e não sabe do que se trata, ele apresenta um projeto do artista Vik Muniz que por anos com o auxilio da comunidade do aterro do Jardim Gramacho desenvolveu obras de artes com o lixo, e utilizando como modelo as pessoas que trabalhavam lá.
Além da beleza das imagens, afinal o projeto começa sem esboçar como será o resultado final, temos também os personagens que foram utilizados para fazer parte do documentário. Alguns moradores do aterro, que são pessoas simples, tem grandes ambições, enquanto outros só querem uma vida melhor.
Bem estruturado e com uma forma de contar a história de maneira emocionante “Lixo Extraordinário” fascina aos poucos com a forma como desenvolve aquelas histórias e como elas enriquecem as obras de arte. Além disso, ele tem um tom de denuncia que faz com que as pessoas que o assistem se sintam mal com a situação de quem vive naquela situação. Com certeza ele merece ser visto.
Escrito por Fábio Campos
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