Woody Allen vive numa eterna montanha russa, se a vida profissional vai bem a pessoal por outro lado se transforma num inferno e assim por diante.
Quando os seus filmes se tornavam comédias repetitivas ou dramas sem nexo o autor, diretor, ator, músico e louco resolveu buscar nas atuações sólidas dos escolhidos para os seus filmes o seu porto seguro e foi ai o seu grande acerto!
Blue Jasmine encontra um belo lugar para ancorar em Cate Blanchett que sempre foi uma atriz brilhante, mas que viu nesse projeto o espaço perfeito para brilhar sozinha.
Jasmine é uma mulher que perdeu tudo, principalmente o rumo do que é certo ou errado por ter passado boa parte de sua vida vivendo uma mentira de um casamento baseado em status e dinheiro.
A crise de histeria, o confronto que a mesma deve ter ao ver que o tal “amor verdadeiro” não se encontra numa bolsa cara ou em jantares para esnobes de Nova York é perfeito para Cate deitar e rolar numa atuação digna de Globo de Ouro, Oscar e o que mais tiver a frente.
O roteiro cruel que mostra uma mulher confrontando o mundo e a si mesma é bem escrito, porém é válido lembrar que o mesmo carrega MUITO de Uma rua chamada pecado, e isso é perceptível até no personagem bronco que aplica o embate necessário para que a ex-madame veja a sua atual realidade e isso cabe a Chili, uma espécie de Stanley Kowalski (Marlon Brando) mais light, interpretado pelo ótimo Bobby Canavale.
Criticas ao roteiro a parte, que Blanchet receba todos os prêmios e elogios disponíveis, pois Blue Jasmine é uma belíssima aula interpretação.
Escrito por Rodrigo Moia
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