Bob Dylan, talvez o maior mito vivo da música, o cara que nos anos 60 era o único a ficar a frente dos Beatles, o cara responsável por inserir inteligência no rock... Acho que precisaria de umas 200 linhas para poder dizer tudo que Dylan já fez pela música e o que ele significa.
Depois de voltar à boa forma com o formidável Time out of mind o bardo parece sempre acertar, mas isso só ocorre, pois Dylan não tem medo, simplesmente mira e atira, só que dessa vez os tiros não acertaram bem o alvo.
Tempest começa animado com Duquesne Whistle um semi honk tonk animadissimo que assombra por carregar uma ótima letra e uma batida contagiante, Soon after midnight lembra o seu primeiro período de renovação nos anos 70 algo entre os discos Self portrait e Desire.
Tudo vai bem até Pay in Blood, uma faixa que se estende mais do que deve e a voz de Dylan aparece alta demais e embargada por sei lá o que e aí o mito erra, assim como não funciona o Blues de Early Roman Kings, a faixa titulo é outra que vai e se arrasta e não termina nada bem, lógico que tudo isso não é fim do mundo, no saldo final o disco está muito acima da média e mostra mais uma vez a vontade que Dylan tem de criar e arriscar o que é ótimo para os dias atuais.
Letras falando sobre John Lennon e Titanic mostram um Bob Dylan olhando para trás e revendo tudo, seja pelos temas ou pela necessidade de ver acontecimentos marcantes, quase como se dissesse ao mundo, falo sobre o que quero do jeito que quero e ninguém irá me parar...
Ok Dylan, fale sobre o que você quiser e do jeito que bem entender, pois sempre queremos ser supreendidos.
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