“Manderlay” foi feito para chocar, com uma proposta parecida com “Dogville”, um filme que muitos odeiam, mas eu adorei, o longa segue novamente os percursos da protagonista Grace, Bryce Dallas Howard, que agora vai parar em uma fazenda que ainda escraviza os negros.
O filme acaba sendo uma crítica a sociedade americana, e seu idealismo exacerbado. A figura de Grace, como uma personagem de fora que tenta de todas as formas ajustar uma condição diferente da que ela conhece, mostra bem a postura dos EUA em relação ao mundo e a outras crenças e costumes.
A forma como a história é conduzida novamente relembra a de uma novela, cheia de clichês e amarrações que certamente teriam um final mais romântico e politicamente correto se fosse realizado aqui, porém como em todo trabalho do polêmico Lars von Trier, ao término do filme temos um assombro de situações que embrulham o estômago.
Novamente eu recomendo o longa para quem gosta de filmes mais cabeça, esse é daqueles que poucos vão gostar e quem for fã vai render altas discussões sobre as questões apontadas. É basicamente uma obra para refletir e não para digerir sem pensar como muitos filmes atuais.
Escrito por Fábio Campos
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