Umas das críticas que todo mundo faz ao cinema nacional é o fato da maioria dos filmes se apoiarem nas favelas ou de usarem o bandido como protagonista.
Na Argentina, ainda não tinha visto nenhum filme apoiado no foco das favelas ou algo assim. Em Elefante Branco, o enredo é praticamente uma metralhadora que sai atirando de todos os lados: ele ataca o governo através do hospital gigantesco que ficou nas obras e virou um “elefante branco”, a religião que tenta ajudar os moradores sem se envolver com os problemas deles, a polícia que explora a caridade para suas operações e se mostra cruel ao assassinar sem dó homens e crianças, e sobra até pra população que cruza os braços diante de tudo e só toma partido com violência.
Não espere um filme cheio de ação como “Cidade de Deus”. O foco é maior para o lado religioso e social, mostrando o trabalho de quem convive com os problemas da favela. Vale destacar o trabalho brilhante do competente Ricardo Darin, que novamente se mostra o mais talentoso ator argentino da atualidade.
Recomendo para quem quer uma opção de filme estrangeiro, que explora o lado social. Em certos aspectos ele está mais parecido com “Infância Roubada”, tendo pequenas doses de violência em meio a um caprichado e profundo drama social.
Escrito por Fábio Campos
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