Uma história simples pode render um filme interessante? Eu já deixei claro aqui que sim, pois vem do cinema iraniano outra prova disso, com um roteiro bem simples que retrata a separação de um casal e toda a cadeia de eventos que isso acarreta na vida deles.
Em minha opinião o filme é um achado, não sou fã do cinema parado e sem graça que muitos críticos tanto gostam, pelo contrario gosto também da ação, e me satisfaço com toda a história que desencadeia ela, uma prova de que não estou sozinho em admirar essa obra é o Globo de Ouro que o longa recebeu, derrotando o todo poderoso "Pele que Habito" do queridinho Almodóvar.
No elenco de "Separação" encontramos atores como Peyman Moadi que interpreta Nader, o pai de família que se vê separado da esposa e tendo que cuidar da filha adolescente. Não bastasse isso, ainda tem que lidar com um pai doente e toda uma situação que ocorre por estar abalado. Desta forma como explico a história parece que é simples, mas a complexidade das ações dos personagens e suas reais intenções são brilhantes, outro ponto positivo que levanto é o fato do diretor Asghar Farhadi saber trabalhar com a dedução de quem assiste ao filme, nos deixando confusos sobre quem está realmente dizendo a verdade.
O final do filme é um grande exercício da liberdade que o diretor nos dá, onde permite que quem assisti escolha o melhor resultado, assim em "Separação" não existem mocinhos e bandidos é um filme sobre pessoas amarguradas, tristes, desesperadas, medrosas e orgulhosas e cabe a cada pessoa que assiste que aponte quem é o culpado.
Em minha opinião "Separação" é um grande filme porém esse ano como filme estrangeiro meu voto continua para "Um conto chinês".
Escrito por Fábio Campos
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