Sabe quando você é pequeno e fica olhando os presentes embrulhados na arvore de natal?
Algumas vezes ao abri-los temos decepções homéricas, em outros momentos sentimos uma alegria imensurável, posso dizer que Os Homens que não amavam as mulheres tiveram o segundo efeito em mim, tudo isso, pois estava ansioso pela versão americana, principalmente pela direção do sempre competente David Fincher.
Não há decepções nessa versão ianque, pois Fincher caprichou em todos os aspectos, seja na escolha por manter as características como cenário e nome dos personagens e até por alterar algo que era necessário na versão sueca, que eram as atuações.
O fato de humanizar mais os personagens deixou o remake com uma qualidade maior, um exemplo é Mikael (Daniel Craig) e Lisbeth (Rooney Mara), o primeiro sofre e tem expressões mais fortes que a versão original, já a segunda é mais arisca e introspectiva, alias um atento necessário é a brilhante e assustadora atuação de Mara, uma jovem promessa.
Fincher trabalha com a obsessão de uma forma linda o que só havia conseguido no soberbo Zodíaco, mexendo com o espectador e o inserindo no filme o que deixa tudo mais tenso, em alguns momentos podemos cortar o clima com uma tesoura tamanho o peso aplicado nas cenas!
Sons perfeitos e músicas que acompanham o andamento do roteiro são dados graças a Trent Reznor e Atticus Ross, que dão um banho de beleza fria nessa ótima trilha.
Aqui vale lembrar e avisa ló prezado leitor, se apegue na belíssima abertura do filme, com uma versão matadora de Immigration song do Led Zeppelin, cantada por Karen O, coisa linda.
Por isso, tire o preconceito que remakes não substituem originais, pois Fincher conseguiu superar a versão sueca, um filme necessário!
Texto escrito por Rodrigo Moia
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