Em 1982, Stephen King escreveu um livro de contos chamado Quatro Estações. Como outras obras do autor o livro fez muito sucesso, porém o que poucos sabem é que dos 4 contos presentes no livro, três deles viraram filmes que se não são sucesso se tornaram referência para muita gente. O primeiro conto é "A primavera eterna" que se tornaria o clássico "Um Sonho de Liberdade" um filmaço que contou com Tim Robbins e Morgan Freeman, e contava a história de um homem preso injustamente em uma prisão. O longa recebeu sete indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Ator (Morgan Freeman), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Som e ainda recebeu duas indicações ao Globo de Ouro: Melhor Ator - Drama (Morgan Freeman) e Melhor Roteiro.
O segundo conto é “O outono da Inocência” que viria a se tornar o clássico da Sessão da Tarde "Conta Comigo" que conta a história de um grupo de crianças que vai em busca de encontrar o corpo de um garoto morto, claro que a história é cheia de simbolismo e significados, e para mim um clássico também.
O Terceiro conto é “Inverno no clube” que na minha opinião tem a história mais fraca, mostrando a luta de uma mãe para ter um filho, o final é bem fantasioso.
O último conto se chama “Verão da Corrupção” que também virou um filme que é o assunto dessa resenha. O filme teve o nome de "O Aprendiz" e foi um dos primeiros trabalhos do diretor Bryan Singer, e que curiosamente tem como um dos protagonistas Ian McKellen que viria a fazer sucesso com o diretor na parceria com a trilogia X-men.
A história do filme é sobre um garoto chamado Todd Bowden que ficava cada vez mais interessado no Holocausto e no que os alemães fizeram com os judeus. A sua obsessão acaba fazendo com que ele encontre Kurt Dussander (Ian McKellen) um velho nazista que se esconde nos Estados Unidos sobre o disfarce de um simpático idoso.
A trama do filme como podemos ver pela sinopse poderia partir parar vários lados, porém a pegada aqui é que o filme é uma história sobre monstros, a visão que temos do personagem Dussander no início é de um homem atormentado pelo seu passado, porém aos poucos vamos descobrindo que na verdade existe um monstro dentro dele, que aos poucos vai sendo despertado pelo garoto.
As atuações são muito impactantes, eu acredito que esse foi um dos papeis mais seguros e fortes do Ian McKellen. Ele realmente convence com o psicopata alemão, já o falecido Brad Renfro (morreu em 2008 de overdose) está muito bom também como Tood, a transformação que a o "mestre" Dussander faz sobre ele é no mínimo impactante.
Algumas curiosidades sobre o filme: o final do livro é diferente, nesse a personalidade de Tood fica bem mais clara e ele não consegue disfarçar isso tendo altas consequências. Outro ponto a se notar é a participação do David Schwimmer, ele é mais conhecido como o Ross do “Friends” e é raro vê-lo em um papel sério.
Eu recomendo o filme como todos os longas que vieram desse livro de contos de Stephen King, um caso raro em que seus livros deram origem a bons filmes.
Escrito por Fábio Campos
1 comentários:
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