Nunca tinha visto um filme de Pedro Almodovar, então não tenho como comparar o seu trabalho em "A pele que habito" com outras obras suas. Já adianto que muitos vão me apedrejar, mas identifiquei nesse filme padrões que me lembram filmes coreanos como "Oldboy" e "Lady Vingança" e também um pouco de cinema B da pior espécie (pelo menos para alguns) como “Centopeia Humana”.
A história do filme retrata um cirurgião chamado Richard Ledgard (Antonio Bandeiras) que tem como maior meta construir uma pele perfeita, alternativa esta que poderia ter evitado a morte de sua esposa e a ruína de sua vida. Porém esse nobre cirurgião também aprisiona um chocante segredo em sua casa.
A trama do filme é muito boa, como disse essa identificação com o cinema coreano e em especial com a vertente da vingança é com certeza um diferencial na obra. Eu acho ousado, mas não julgo como original, pois ele não fez nada de novo (mundialmente falando), apenas criou uma história de vingança interessante. Para mim o mais chocante é ver os recursos de filmes B como a fixação surreal do médico pela pele perfeita e a cafajestice do Antonio Banderas com certeza aproximaram o filme dessa proposta de filme trash, mas aposto que a interpretação dos críticos será outra, e com certeza as metáforas vão encobrir mesmo esse pezinho no trash.
Como eu disse na minha crítica ao filme "Um conto chinês" com certeza "A pele que habito" é uma forte concorrente ao Oscar, porém eu ainda prefiro a singela comédia argentina que além de mais suave para mim tem mais simpatia, mas ai é questão de gosto, pois ambos são grandes filmes.
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