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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

FRITOS NA HORA - O grande hotel Budapeste (2013)

Posted by Pasteleiro On 14:12 0 comentários

Wes Anderson é o diretor preferido de muita gente. Eu já vi alguns de seus filmes e não teve nenhum que realmente me conquistou, não que os ache ruins, pois não são. Só considero que suas tramas as vezes ficam complicadas demais e, nessa necessidade de se adaptar ao seu estilo ele acaba quebrando um pouco o ritmo da trama.




O grande Hotel Budapeste”, seu último filme, conta com muitas de suas marcas: aquela representação quase teatral dos fatos e os personagens caricatos. O maior exemplo é o protagonista Mr.Gustave (Ralph Fiennes), um conquistador e uma espécie de gerente do Hotel aonde trabalha e que dá nome ao filme.

O que achei interessante é que o longa é cheio de camadas, começa com uma mulher em frente a uma estátua de um escritor, então temos um corte e vemos o escritor comentando sobre como escreveu seu maior livro, e aí novamente temos um corte e uma viagem no passado, na qual somos apresentados ao Sr Mustafa (F. Murray Abraham) o dono do Grande Hotel Budapeste, que conta como ficou rico, e aí sim chegamos a trama que irá se manter por todo o filme e que tem como foco o personagem do Mr. Gustave e o jovem Zero (Tony Revolori).




Bem, o que não falta ao filme é criatividade. A todo momento temos um personagem novo aparecendo e fazendo algo acontecer, o elenco é recheado de bons atores. Alguns como Edward Norton, Adrien Brody e Willem Dafoe aparecem mais, e outros como Bill Murray, Harvey Keitel, Jude Law e Owen Wilson tem participações mínimas e a presença deles parece funcionar quase como easter eggs pela amizade que tem como o diretor.




Quanto ao que achei do filme, devo dizer que gostei da trama. Apesar do seu tom quase cartunesco em alguns momentos, o filme beirava um bobinho, mas depois crescia novamente e mostrava sua força. Só vale a pena para quem curte esse diretor. Não é o tipo de comédia que qualquer um vai gostar, ela exige um pouco mais de atenção.


Escrito por Fábio Campos

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