Assisti “O expresso do amanhã” esperando um filme de ficção cientifica meio viajado, afinal a trama gira em um cenário pós apocalíptico em que as pessoas vivem dentro de um trem. Sério, tem algo mais criativo e bizarro que isso?
Pois bem, o longa é dirigido pelo sul coreano Joon-ho Bong, conhecido por grandes filmes como “O hospedeiro” e “Memorias de um Assassino” um dos meus filmes preferidos.
O elenco é uma salada mista, tem atores orientais como Kang-ho Song que é parceiro do diretor, e já esteve em outras de suas produções, além dele o filme ainda conta com atores americanos como Ed Harris, John Hurt, Octavia Spencer, Tilda Swinton e Chris Evans, esse último faz nesse filme a sua melhor atuação, pelo menos dos filmes dele que assisti.
Bem confesso que adorei o filme e foi um dos melhores que vi esse ano, porém deixo claro que esse aqui é um daqueles casos em que meu gosto certamente não vai bater com o de muita gente, então muitos que vão assistir após a minha recomendação que vão me achar louco.
Mas vamos lá, vou justificar porque gostei tanto do filme, primeiro que adorei a ideia de castas dentro do trem, e forma como a revolução do pessoal da cauda foi conduzida foi muito interessante, não bastasse isso a ideia do trem como uma arca de Noé é muito inovadora, e os compartimentos bizarros pelos quais os membros da cauda passam é uma coisa de louca destaque para o belo aquário e para sala de aula, que rende um dos momentos mais bizarros da trama. O final que muita gente criticou, para mim foi diferente, e evitou mastigar tudo para quem está assistindo.
Antes de concluir vale uma curiosidade, o diretor do filme, teve uma briga com a distribuidor Harvey Weinstein que queria cortar pedaços do longa para ele ser melhor aceito no mercado americano. Eu acho isso uma pena, porque o filme é muito bom, e funciona bem como história, tem muita violência, filosofia, e no final faz com que você pense um pouco no que está acontecendo ao seu redor, e como funciona a vida em sociedade, existe uma analogia bizarra na história sobre os tempos modernos, que podemos facilmente transportar para como enfrentamos nosso problemas hoje em dia.
Escrito por Fábio Campos
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