O que mais impressiona quem assiste “A deriva” desprevenido é encontrar o ator Vincent Cassel, conhecido por filmes como “Irreversível” e “12 homens e outro segredo” falando português e razoavelmente bem, porém esse drama nacional tem um pouco mais a dizer.
Explorando o ambiente familiar em crise e uma adolescente descobrindo um pouco mais sobre o mundo dos adultos, nesse caso a filha adolescente (Laura Neiva)e, descobre que o pai interpretado por Vincent Cassel, tem um caso, e por isso acaba ficando num dilema entre expor o que sabe para a mãe (Debora Bloch) ou manter isso em segredo.
Essa relação em família e a forma como a traição do pai vai quebrando a família é um dos pontos fortes do filme, a imagem do pai herói que a garota sempre teve, começa a se destruir, e a imagem da mãe que era uma mulher mais fria, começa a ganhar um contorno de mulher traída e sofredora. É interessante também perceber a descoberta do sexo da filha através do relacionamento do pai com a amante.
Bem em relação ao elenco acho que os atores estão interessantes no filme, a participação do Cauã Reymond, destacada na capa do filme é mínima, assim como a do Gregório Duvivier e da bela Camilla Belle.
O filme me cansa em alguns momentos por ser muito arrastado, e parece que existe uma necessidade latente em querer associar o titulo ao que acontece no longa, coisa quem em alguns momentos irrita. Serve como boa opção para quem curte esses dramas mais profundos, com questões familiares.
Escrito por Fábio Campos
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