Sacha Baron Cohen volta para os braços do politicamente incorreto depois de uma boa atuação em Hugo e de fazer a voz do Rei Julian no Madagascar 3, mas que apesar da “inocência” dos últimos dois projetos o ator se sente realmente confortável no humor cheio de acidez.
Se Borat e Bruno, personagens de seus filmes anteriores exploravam com muito humor a xenofobia e homofobia, com Aladeen, O ditador do titulo ele joga com a politica e principalmente com os conceitos de democracia e ditadura.
A capacidade de brincar com preconceitos ainda esta ali, basta ver um dos diáologos onde uma das personagens diz a Aladeen que ela “até já namorou homens negros”, ou do medo americano em relação a mulçumanos em uma das melhores gags dos últimos anos, em que Aladeen e Nadal (cientista e amigo do ditador) adetram um helicoptero para um passeio ao lado de um casal tipicamente americano e ali disparam piadas atrás de piadas com terrorismo, 11 de setembro e o que mais vier pela frente.
Cohen não vê limites e também não quer os mesmos, o discurso final em que faz um paralelo através de piadas com a ditadura tipica do oriente e a democracia tão vendida pelo ocidente faz rir, mas com uma certeza de que aquilo é um tiro direto em que defende ditadores absurdos de qualquer canto do mundo ou o capitalismo democrático tão falho dos últimos anos.
Tudo no filme é pura provocação, mas com altas doses de acidez para expor ao ridiculo, vale lembrar ai que através de suas piadas e comentários Aldeen coloca na mesa que vivemos em uma sociedade machista, racista e muito hipócrita, que permite a violência e preconceito em relação às minorias!
Com O Ditador Sacha Baron Cohen ainda mantém piadas escatológicas desnecessárias e sem sentido, porém busca humanizar mais seus personagens, sem ser melodrámatico ou cair no vazio das últimas comédias americanas e assim fazendo do filme uma ótima pedida para quem quer rir do que é julgado como sério e intocável!
Escrito por Rodrigo Moia
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