Em 1996 Wes Craven e Kevin Williamson tiveram uma idéia:
-Que tal recriar os filmes de terror dos anos 70 e 80? Ótimo! E se fizéssemos referencias e reverencias aos grandes clássicos? Melhor ainda! E se juntássemos a isso um fortalecimento do gênero com um humor negro atípico? Wow! Temos um vencedor!
Assim o nasceu Pânico uma das franquias mais famosas e bem sucedidas da história do cinema.
O primeiro surgiu como as virgens que sofrem nas mãos dos assassinos, de forma sádica, lenta e contendo um humor único.
Nos olhares, cortes bruscos e frenesis adolescentes éramos inseridos em mundo teen que questionava os padrões aplicados aos filmes do gênero e principalmente, dando aos personagens uma função interligada com todo o roteiro, deixando todos em um enorme “Cliffhanger”.
Pânico 2 leva a franquia através de uma ponte, que vai se prolongando com os assassinatos e principalmente, usando o primeiro como base de chacota, o que é fantástico!
E dá lhe observações e referencias, zelador com camisa vermelha e preta e nome Fred, negros morrendo logo no começo do filme, casais que fazem sexo morrendo logo em seguida e assim, Wes transforma o que era um simples filme em uma trilogia.
Mas como o assassino que erra por um milímetro e acaba sendo morto, Craven errou por pouco, ou melhor, por uma “faca”, o que transformou Pânico 3 de um filme de terror para uma comédia aberta de humor BEM NEGRO!
Quando todos pensavam que “Ghostface” estava adormecido e esquecido, resolvem ressuscitá-lo.
Só que dessa vez as “piadas” ficam por conta dos próprios filmes da série e até pela nova cultura do terror, um fato engraçado é que um dos trechos mostrados é o de “Todo mundo quase morto”, para quem não assistiu corra até a sua locadora, ótima reverencia a George Romero e ao mundo zumbi.
Outra diferença, esta na critica velada a filmes como Jogos Mortais e a sua nojeira e bagaceira gratuita, fora a piada com o cinema japonês e suas eternas crianças fantasmas.
Hoje o terror é diferente, existe uma necessidade pelo Hardcore pelo que vai além da imaginação negra de qualquer ser humano, mas Wes(Sam Raimi também entra nesse grupo) presa pelo cinema de terror old school e isso traz um charme diferente a série.
Assim como Romero que trabalha o social em seus filmes, seja na critica a sociedade consumista (Madrugada dos mortos) ou racismo (Noite dos mortos vivos), Craven vai fundo e literalmente expõe uma juventude que é imediatista, fútil e principalmente egoísta e esse fator fica totalmente exposto na parte final do filme..Que aí caro leitor, corra ao cinema para descobrir.
Escrito por Rodrigo Moia
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