Há pouco tempo, numa conversa no trabalho, estava tentando chegar a um consenso sobre qual era o filme mais triste que tinha visto, entre as opções estavam: "O Menino do Pijama Listrado", "A casa da areia e da névoa" e "Menina de Ouro". Pois acabei de achar mais um filme para a lista, afinal assistir "Biutiful" e não se sentir angustiado com seu final é uma tarefa difícil.
O filme conta a história de Uxbal (Javier Bardem), um médium que ganha a vida fazendo negociações com imigrantes ilegais, explorando o serviço deles para, desta forma, sustentar seus dois filhos e sua ex-mulher Marambra (Maricel Álvarez), uma bipolar que as vezes se prostitui. Já deu para sentir que drama é o ponto forte da história né?
Quando li a sinopse e vi o lance do médium achei que o filme ia tender para um lado espiritual mas me enganei, a trama todo se baseia em Uxbal e nos acontecimentos ruins de sua vida, desde uma doença terminal até a angustia de carregar a morte de várias pessoas nas costas por um erro que cometeu. E além disso, o desespero em ver que o seu tempo se esvai e não tem com quem deixar os filhos.
O diretor Alejandro González Iñárritu, que também dirigiu Babel e Amores Brutos, carrega de drama e de desgraça o personagem de Bardem que, de maneira perfeita, vai se desfazendo como homem até chegar ao fundo do poço. A atriz Maricel Álvarez (que eu nunca havia visto antes em outros filmes) também faz bem seu papel, mas o que me chamou a atenção é sua aparência, ela é bem exótica para uma atriz com um nariz enorme e uma cara comprida. Chama atenção por seu jeito estranho.
Recomendo o filme por sua grande carga dramática e também por sua história muito diferente do comum. Se você gostou de Babel e Amores Brutos vai notar algumas diferenças, porém vai perceber que a linguagem no final é a mesma.
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