Guardiões da Galáxia é a nova aposta da Marvel nos cinemas. Há alguns anos ninguém arriscaria dizer que a editoria de quadrinhos que quase faliu nos anos 90, conseguiria emplacar vários sucessos no cinema, e hoje podemos ver a empresa que agora ganhou mais poder por estar debaixo dos braços da Disney, se arriscando e apostando suas fichas num dos grupos de heróis mais desconhecidos da editora.
Bem, como estou um pouco atrasado com essa resenha, vou falar bem raso da sinopse. O filme é sobre Peter Quill (muito bem interpretado pelo engraçado Chris Pratt), que foi abduzido quando ainda era um garoto e acabou se tornando um saqueador espacial.
Após uma tentativa de capturar um poderoso objeto, ele acaba preso e, na cadeia, conhece quatro foragidos, que juntos formam os Guardiões da Galáxia.
Vamos lá: o filme que poderia pegar essa fórmula simples de cinema de ação/aventura mostra uma equipe de pessoas diferentes que tem de trabalhar juntos, acaba através da direção do brilhante James Gunn, se transformando num longa com cara dos filmes dos anos 80. Não só pelas piadas e trilhas sonoras dignas da época como também pelos seus personagens.
Pois então, já que falei dos personagens, vamos a eles. Para mim são o grande diferencial do filme, como já citei um pouco a cima o protagonista e líder da equipe é o engraçado e sacana Peter Quill, também conhecido como Senhor das Estrelas. Além de super carismático o personagem, assim como no caso do Robert Downey Jr. com o Homem de Ferro, teve uma ligação imediata com seu interprete e, hoje, duvido que alguém fale que a escolha de Chris Pratt não foi um acerto.
Só que os acertos de elenco não acabam aí, Rocket Racoon o guaxinim cheio de marra e com uma personalidade turrona de botar o Wolverine no chinelo, ganha personalidade na voz de Bradley Cooper, e Vin Diesel dá toda a doçura e simpatia ao inocente Groot, o coração da equipe. Temos ainda Dave Bautista ótimo como Drax e sendo uma surpresa por demonstrar uma veia cômica digna do Schwarzenegger dos anos 80, e para finalizar, a Gamora de Zoe Saldana, que consegue ser a personagem feminina mais interessante da Marvel nos cinemas, em minha opinião superando até a Viúva Negra.
E já que falei dos mocinhos, porque não falar dos vilões. Lee Pace interpreta um Ronan que em termos de motivação lembra muito os fanáticos religiosos que cercam nosso mundo, e fica por conta dele o lado mais sério do filme. Em nenhum momento ele escorrega e cai no ridículo nem mesmo na cena cômica do final. Vale ainda destacar o Yondu do Michael Rooker como outro personagem muito divertido e interessante.
Quanto ao roteiro, o filme é muito bem desenvolvido. Ele tem diversas cenas de ação e vi muita gente apontando as inspirações do longa como “Indiana Jones” e “Star Wars”, porém, o que mais me chamou a atenção é uma ligação bem interessante, em especial na parte que personagem do Chris Pratt discursa sobre eles serem perdedores com o clássico “Clube dos 5”. Afinal, todos os personagens ali são estereótipos. Temos o fortão, a femelle fatale, o ladrão, o gênio e o inocente. Cada um deles em certo momento tem que se aceitar para poder prosseguir na trama o que é muito interessante. Por essas e por outras eu indico e muito o filme.
PARA OS FÃS DE QUADRINHOS
Eu comecei a ler Guardiões da Galáxia após a saga Aniquilação e adorei os personagens. Devo dizer que adorei essa formação que difere um pouco da que vi na saga, mas que mesmo assim é tão carismática ou até mais que a dos quadrinhos. Para quem ainda não foi no cinema procure na sala do colecionador por objetos que lembrem o mundo cósmico da Marvel, como Adam Worlock, Howard o Pato, Cosmo entre outros.
Escrito por Fábio Campos
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