Um filme de terror nacional tinha tudo para dar errado, ainda mais quando você coloca no elenco uma atriz/cantora tão sem graça como a Sandy (que me perdoem os fãs, mas acho que a figura dela está mais ligada a filmes de romance do que a longas de terror). Para fechar esse elenco, o diretor Marco Dutra resolveu apostar no talento do veterano Antônio Fagundes e desconhecido Marat Descartes.
O enredo aposta numa trama conturbada sobre Junior (Marat Descartes), um homem que após a separação resolve voltar a morar com o pai, interpretado aqui por Antônio Fagundes. No passado dos dois existe um mistério. Amenizando um pouco esse clima de tensão temos a personagem Bruna (interpretada pela Sandy) que fica grande parte da história flutuando na trama, tomando uma posição maior só perto do final.
Vamos lá, o filme tem seus altos e baixos. O que mais eu gostei, foram os elementos de misticismo como benzedeiras e mitos católicos que acabaram dando um tom bem interessante à história. Quem já foi em Aparecida do Norte e viu a “Sala dos Milagres” vai sentir um arrepio na nuca em certas cenas.
O que eu não gostei foi como a trama se enrolou tanto que acabou perdendo sua força, eram tantos elementos e um enredo tão confuso que os personagens pareciam perdidos. A relação pai e filho, a presença da inquilina na casa, a relação dela com o namorado, o comportamento bizarro de Junior, tudo isso ficou criando e criando e no fim não evoluiu bem.
Como uma tentativa de se criar algo novo acho muito válido e com certeza vai agradar algumas pessoas. Fiquei curioso para ler o livro “A arte de produzir efeito sem causa” de Lourenço Mutarelli, que inspirou o filme.
Escrito por Fábio Campos
0 comentários:
Postar um comentário