Em 1996 eu tinha treze anos, e em meio a espinhas e as desilusões da adolescência fui ao cinema pirar com os efeitos especiais de um filme chamado “Independency Day” eu lembro que fiquei semanas lembrando o filme comentando com os amigos como ele era foda e tal e tal. Uns anos depois resolvi ver novamente, e qual foi a minha surpresa ao descobrir que era uma porcaria? Sério mesmo vírus de computador criado na Terra que derrota alienígenas, cachorros pulando no meio do fogo e presidente dos Estados Unidos pilotando caças, é demais para mim.
Só comentei tudo isso para poder explicar o porquê de Battleship - A Batalha dos Mares ser um filme fora do tempo, o ponto alto de invasões alienígenas foi em 1996, essa ideia de americanos salvando o mundo, com um soldado revoltadinho fazendo a diferença é batida, e muito. Ele com certeza ia fazer filas se fosse lançado há dezesseis anos, hoje ele é mais do mesmo e por sinal muito mal feito.
A história de invasão por água não acrescenta nada, os mesmo clichês estão ali, o soldado que se sacrifica, os dois inimigos que viram amigos, e ainda quiseram botar o momento homenagem com soldados que se feriram na guerra e veteranos, atitude digna, mas que funcionaria melhor se o filme tivesse um roteiro.
O coitado de toda essa história é mesmo o Taylor Kitsch que de aposta dos estúdios virou protagonista desta bomba e de John Carter, dois filmes que só tem efeito especial e nada de história. Não bastasse isso ainda temos a Rihanna atuando, que se não me lesse na sinopse nem ia saber que estava ali. Bem mesmo fez o Liam Neeson que aparece dez minutos e depois some, para retornar nos cinco minutos finais.
No final o filme é daqueles que vale para crianças até 13 anos, e daí para cima ele não agrada mais ninguém, com certeza a criançada que vibrou vendo no cinema daqui alguns anos vai ver que o longa não era nada disso.
Escrito por Fábio Campos
0 comentários:
Postar um comentário