Os orientais, para mim, se especializaram no gênero “vingança”, o que começou com a trilogia “Oldboy”, “Lady Vingança” e “Mr. Vingança” percorreu caminhos mais fortes em “I Saw the Devil” e continua evoluindo.
“Confissões” é mais um filme que segue essa evolução. Com uma história triste, o longa fala de uma professora que perdeu a filha durante seu último dia de aula. É revelado que dois alunos foram responsáveis pela morte da menina, e a partir daí uma trama cheia de rejeição e ódio se inicia unido esses três personagens.
É comum aos orientais saberem trabalhar tão bem a vingança, eles exploram o lado mais frio dos seres humanos. Chega a impressionar, durante o filme, como a história vai aos poucos florescendo, de um início mais parado e crescendo gradualmente até tomar forma.
As histórias dos alunos, um que parece mais frágil, mas que aos poucos se expõe como um menino com traços de maldade, e de seu amigo “o cérebro” por trás do crime é muito interessante, é melhor ainda quando o filme começa a brincar com nossas percepções, dando a impressão que conhecemos um pouco de cada personagem, porém novamente somos bombardeamos com mais informações e parece que tudo que sabemos não passa de embuste ou fumaça em meio a uma coisa bem maior.
Esse, com certeza, vai estar na lista dos filmes mais interessantes que vi esse ano. O diretor Tetsuya Nakashima sabe bem conduzir uma trama e consegue prender a atenção de quem está assistindo, além disso, consegue fazer toda a trama fluir de uma forma que não dá espaço para que se sinta enganado pelas ações dos personagens, ou seja, nada acontece sem motivo.
Para quem é fã de suspense não perca tempo e assista “Confissões”, e se o começo parecer chato, segure um pouco os ânimos e aguente um pouco mais, pois vale a pena. Afinal, tudo não passou de uma brincadeira (quem assistir vai entender :D).
Escrito por Fábio Campos
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