Um sacrilégio, só assim posso me justificar por gostar tanto de filmes e em especial dos de terror e ainda não ter assistido esse clássico dirigido pelo polêmico Roman Polanski.
Para quem nunca ouviu falar “O bebe de Rosemary” é uma obra prima do terror e do suspense, não só pela crescente tensão que ele cria durante a sua trama, mas pelas atuações.
A trama centrada em um jovem casal que aluga um apartamento em um hotel com um passado macabro é muito interessante, mas o que realmente me agradou é a forma como a história é construída. Imagino que quem assistiu lá em 1968, ou mesmo nos dias atuais e não conhece nada do filme, deve ficar imaginando: será que a personagem principal está delirando? Ou será que isso realmente está acontecendo?
O elenco conta com a Mia Farrow no seu melhor momento, antes de afundar sua carreira aos poucos atrás do Woody Allen, e também um ótimo John Cassavetes num papel tão dúbio que deixa sempre que está assistindo confuso sobre ele. Vale destacar ainda a excelente Ruth Gordon, que junto com Sidney Blackmer formam um dos casais de velhinhos mais bizarros do cinema. A forma como os personagens deles vão se mostrando até a grande revelação final é muito boa.
Quem for assistir não leia nada antes de faze-lo, nem mesmo a sinopse, eu acho que vai curtir bem mais o filme e ainda vai manter aquele mistério inicial que Polanski empregou em 68. Com certeza uma ótima opção para quem quer fugir desses filmes de terror que só sabem mostrar sangue e fantasmas correndo de relance na câmera. Mostra quem um bom filme de terror pode trabalhar mais a imaginação e menos as imagens se tiver um roteiro capaz disso.
Escrito por Fábio Campos
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