Ao contrário do Rodrigo Santoro, que conquistou a fama em Hollywood comm papéis em que a interpretação nunca era a alma do negócio, Wagner Moura começa a fazer fama internacional. Nesse interessante filme de ficção cientifica, com um personagem interessante e bastante participativo na história, ele consegue em alguns momentos chamar mais a atenção do que figuras carimbadas como a Jodie Foster.
“Elysium” é um daqueles filmes que tentam mostrar como será o futuro, com uma divisão de classes. Os pobres (aqui representados pelos latinos), têm que viver num planeta Terra sujo, enquanto os poderosos vivem no espaço, no luxo e com diversos recursos (inclusive médicos) que mantêm o padrão de vida elevado deles.
A história poderia cair no marasmo do "mais do mesmo" que sempre vemos em filmes assim, apelando demais para ação e tendo cenas de efeito. Porém, o seu grande diferencial é a direção interessante do Neill Blomkamp, que dirigiu “Distrito 9” e novamente soube inovar, deixando a trama bem mais interessante, com uma crítica política bem legal e ainda criou um protagonista interessante, interpretado aqui pelo excelente Matt Damon, que faz par com Alice Braga, um pouco apagada, mas que se encaixa até que bem no final.
Ainda não acabou o ano, mas acho que Elysium foi até agora uma grata surpresa em termos de história e desfecho. Não bastasse isso, é muito bom ver um ator brasileiro representando mesmo, sem ser só caras e bocas.
Escrito por Fábio Campos
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