Eu sou publicitário, trabalho nesta área há pelo menos seis anos e uma das coisas que sempre me fizeram me sentir mal é a importância da minha profissão para o consumo. Afinal, para muitas pessoas, o que eu faço é ligado ao supérfluo a mentira e a ilusão.
Após assistir “No” comecei a conquistar um respeito enorme pelo que faço, para quem não está entendo nada do que estou falando, vou destrinchar um pouco a longa desse filme, que foi indicado ao Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro.
Na trama somos apresentados a René (Gael García Bernal), um publicitário escolhido para desenvolver a campanha contraria ao regime ditatorial do general Augusto Pinochet, que assolou o Chile por anos.
Com este argumento e o lado histórico do filme, podemos enxergar todos os percalços de um publicitário ao criar uma campanha e ainda temos um destaque ainda maior ao lado estratégico que envolve uma comunicação, afinal, sempre que pensamos em um anúncio de jornal ou um comercial de televisão, nós pensamos em quem fez o anúncio, mas não na estratégia da qual ele faz parte.
“No” é um filme fácil, e gostoso de acompanhar. Para quem gosta de publicidade e comunicação ou que está interessado no assunto, ele tem um lado social latente, que acompanha toda a trama, porém o seu lado história, diferente de Argo, é muito bem explorado. Talvez o motivo seja o protagonista, já que Gael García Bernal é muito mais ator do que Ben Aflleck.
Escrito por Fábio Campos
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