Às vezes ficamos tão perdidos com os nossos problemas que acabamos esquecendo o que acontece no mundo a nossa volta, não sou fã da ideia de conformismo, de aceitar as coisas como são, porém acho hipocrisia da nossa parte não dedicar um pouco de atenção as coisas que acontecem pelo mundo.
O filme “A informante” que é baseado em uma história real infelizmente mostra o duro universo das mulheres na Bósnia, um cruel retrato de um país desolado pela guerra em que a lei ainda não está em total vigor.
Nesse cenário somos apresentados Kathryn Bolkovac (Rachel Weisz), uma policial americana, que resolve prestar serviços junto com a ONU na Bósnia, vindo de uma cultura diferente ela aos poucos vai se surpreendendo com a forma como a policia local lida com as situações, em especial em crimes relacionados à violência da mulher. Abaixo uma imagem da Kathryn Bolkovac.
A figura da ONU como a policia do mundo já tinha caído por terra para mim no filme “Hotel Ruanda” em que é mostrada a total falta de comprometimento com a vida, quando em uma das cenas principais do filme, eles abandonam a quem tem que proteger, para seguir ordens.
Aqui a coisa é ainda mais grave e vemos a mesma ONU agora encobrindo crimes sexuais, cometidos por seus funcionários, e empresas relacionadas a ela, essa grave denúncia, não tinha chegado ao meu conhecimento e não deve ter chegado a muitos de vocês (às vezes somos bombardeados com tanta informação que acabamos perdendo alguma que realmente vale pena, como essa).
Eu gostei muito do filme, apesar de ter um clima mais parado, ele compre bem o seu papel, e beira em certos pontos um documentário, mas acaba servindo mais como um filme denúncia. Recomendo para quem gostou de “Hotel Ruanda” e “Tiros em Ruanda”.
Escrito por Fábio Campos
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